São Filipe, 20 Nov (Inforpress) – A Região Fogo/Brava anseia por mais progresso e novas ambições alinhadas com as capacidades reais do país e não divergem daquelas que outros Municípios já têm, defendeu hoje o novo presidente da Associação dos Municípios do Fogo e Brava.
Na cerimónia de investidura no cargo do presidente da Associação dos Municípios do Fogo e da Brava (AMFB), Fábio Vieira disse que as ambições são realistas e proporcionais com metas alcançáveis e compatíveis com as condições do país, sublinhando que não almeja conseguir resultados sem esforço e nem aceitar medidas que reveem em baixa a ambição da região ou recusem impulsionar o potencial existente nestas duas ilhas.
O presidente da Câmara dos Mosteiros avançou que é com responsabilidade que assume as funções de presidente da AMFB, esperando que no decurso do seu mandato e em comunhão de esforços aproveitar as oportunidades que se abrem para alargar a esfera de influência da associação no contexto nacional e promover acções que impactam positivamente a comunidades locais.
“Liderar a associação regional é estar à frente de uma plataforma única que permite um olhar mais global e profundo destas realidades regionais e trabalhar na promoção de parcerias para o progresso económico e bem-estar para a nossa região”, advogou o novo presidente da AMFB, prometendo dar o seu máximo para garantir o sucesso deste mandato e alcançar os objectivos pretendido
Segundo ele, “Fogo e Brava querem legitimamente ir mais depressa e têm de reassumir o seu papel central na economia, na cultura e no desporto, tal qual acontecera no passado”, advogou Fábio Vieira, sublinhando a necessidade de revitalizar o papel histórico desta região no contexto nacional.
Para tal é necessário ter pressa para não perder o comboio do desenvolvimento, não permitir que outros não se lembrem da região, mas também pressa que vigia os ouvidos de mercador de alguns e exigir que a voz da região seja escutada a todo o tempo e em qualquer tempo.
“Temos pressa em discutir as políticas regionais com o governo e outros parceiros do desenvolvimento, com vista a melhoramos substantivamente a posição contextual da região a nível nacional. A região tem de ombrear os melhores rankings dos municípios e não é nem sustentável e nem aceitável qualquer tentativa de apoucar a nossa ambição regional”, defendeu o novo presidente, assegurando que vai dar continuidade aos trabalhos do seu antecessor e que tudo irá fazer para que a confiança que recebeu não seja defraudada.
Fábio Vieira pretende abrir uma frente ampla de diálogo com o governo central que ultrapasse a perspectiva “casuística, sazonal, pontual ou mesmo socorrista dos investimentos públicos” para uma abordagem mais estratégica e estruturante e alinhada numa dimensão de médio e longo prazo, acrescentando que tem uma perfeita noção das necessidades para as duas ilhas do sul do país.
Segundo o autarca é necessário ultrapassar a lógica do limite de cada município e o ângulo interesseiramente “municipalista” dos investimentos públicos, sublinhando que o governo não deve só olhar para os Municípios, mas olhar também para as ilhas no seu todo.
“A associação tem de assumir as funções de promotor de diálogos institucionais por um lado, e por outro, tem de pôr a funcionar os instrumentos de gestão municipal de forma mais eficaz e eficiente” , afirmou Fábio Vieira, acrescentando que “pelas causas do Fogo e da Brava e pelo bem-estar dos habitantes destas ilhas” estará na frente de todas as lutas.
O presidente cessante do conselho directivo da AMFB, Nuías Silva, transmitiu ao sucessor um conjunto de informações e projectos implementados pela associação e outros em curso, augurando sucesso a Fábio Vieira para dar continuidade às actividades em curso e desenvolver novos desafios para o desenvolvimento da Região Fogo/Brava.
Igualmente o presidente da Mesa da Assembleia intermunicipal, Luís Alves, desejou sucesso ao novo presidente, exortando a dar maior atenção à questão da comunicação entre os diferentes órgãos da AMFB.
Além de conferir posse ao presidente e dos demais membros do conselho directivo da Associação dos Municípios do Fogo e da Brava, esta sessão da assembleia intermunicipal, que decorreu na cidade de Igreja, nos Mosteiros, devia analisar o processo de transformação do Gabinete de Desenvolvimento Regional (GDR) em uma Agência de Desenvolvimento Regional (ADR), análise da situação e funcionamento dos órgãos da associação, mas foram adiados para a sessão de Janeiro de 2024.
JR/JMV
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