Cidade da Praia, 08 Mar (Inforpress) – A Associação de Pescadores e Peixeiras de Achada Grande Trás e São Tomé (APPAST), enquanto beneficiário, acolheu hoje o acto de apresentação do projecto que visa promover a gestão sustentável dos produtos da pesca e melhorar os rendimentos.
O projecto foi apresentado no âmbito das actividades comemorativas do Dia do Pescador, organizadas hoje pela APPAST, como forma também de homenagear as mulheres peixeiras, num dia em que se assinala o Dia Internacional da Mulher.
O projecto “Reforço das capacidades locais para valorização do produto pesqueiro da comunidade de Achada Grande Frente e Trás” vai ser implementado pela Coopera ONG, África 70 ONG e APPAST, com o apoio da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID), orçado em mais de 32 mil contos.
Segundo o coordenador do projecto e membro da Coopera ONG, Daniel Borges, trata-se de um projecto que compreende três vertentes, no sentido de permitir aos pescadores e peixeiras destas duas localidades piscatórias da Praia reforçar a capacidade dos seus produtos pesqueiros.
“Para chegar aos objectivos vamos ministrar acções de capacitação para estas comunidades para poderem promover resiliências climáticas adaptadas à realidade de hoje. E também para terem recursos em termos de capacitação e de materiais para conseguirem maior rendimento para reforçar as associações e terem mais empoderamento”, explicou.
Daniel Borges contou que ao serem contactados para serem parceiros desta associação, a cooperação espanhola, “muito sensibilizada” com esta área piscatória, fome e segurança alimentar e género não hesitou em abraçar esta parceria.
No total, os beneficiários directos serão 160 pessoas da comunidade, das quais pelo menos 60% serão mulheres, e 1.000 beneficiários indirectos, membros das famílias.
Por sua vez, o presidente da Associação dos Pescadores de Achada Grande Trás e de São Tomé sublinhou a importância desta parceria na implementação deste projecto, afirmando que chegou em boa hora.
“O projecto chegou em boa hora, hoje conseguimos um parceiro, e pensamos que isso é uma grande valia para a nossa comunidade, pois nós enfrentamos vários desafios. Por exemplo, as más condições para a faina, com o vento forte nesses dias, há cerca de um mês em que fomos obrigados a ficar em casa sem nenhum rendimento, é muito complicado”, frisou.
Com um período de implementação de 18 meses, o projecto prevê ainda reforçar o tecido associativo da comunidade da pesca artesanal e ajudar o sector a implementar um modelo de boas práticas para a gestão e comercialização da pesca sustentável, sob uma marca socialmente responsável.
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