Cidade da Praia, 17 Mai (Inforpress) – O primeiro-ministro considerou hoje que o Projecto Capital Humano, avaliado em 26 milhões de dólares, é “estratégico e prioritário” para Cabo Verde, independentemente do contexto, ressaltando que, apesar da crise, “o foco está no desenvolvimento”.
Durante a apresentação deste projecto virado para o horizonte 2030, em que se pretende criar “100.000 postos de emprego”, Ulisses Correia e Silva disse que o mesmo intervém em “áreas prioritárias para o impulso e suporte do desenvolvimento sustentável”, designadamente a educação, a formação, a qualificação/competências para a vida e a empregabilidade.
“Complementa e reforça as acções de inclusão social e produtiva, fundamentais para a redução da pobreza, via empoderamento. Esta tem sido a linha que o Governo tem defendido no sentido de criar estabilizadores sociais, porque são importantes, particularmente em períodos da crise, de emergências, mas criar condições de autonomia e autossuficiência das famílias”, explicou o chefe do Governo
Sublinhou que o projecto está voltado para a integração do ciclo produtivo, em detrimento da via da assistência, com o intuito de proteger aqueles que, por motivos diversos, estão fora do sistema do emprego ou da segurança social, pelo que considerou de “significativo o valor do programa”.
À semelhança do que tem sido a trajetória da gestão dos programas com o Banco Mundial, garantiu, uma “boa execução” será feita deste financiamento para que este investimento possa ser desenvolvido através de resultados com reflexos na melhoria da qualidade de vida das pessoas.
Criação de futuro, particularmente para os jovens e para as mulheres, foi definido pelo primeiro-ministro como a base deste projecto, lançado na manhã de hoje, no Palácio do Governo, para quem o sistema educativo é o “alicerce impulsionador” de transformações e tem sido o foco das prioridades do executivo, com a finalidade de “eliminar a pobreza extrema e reduzir a pobreza absoluta”.
O Banco Mundial esteve representado na apresentação deste projecto pelo seu director para Cabo Verde, Nathan Belete, que enalteceu a visão governamental para a Ambição 2030 e pela “excelente colaboração entre Cabo Verde e a instituição” que representa, com vista a contribuir para o desenvolvimento deste arquipélago.
Referiu a educação como uma “aposta inteligente” para qualquer país, razão pela qual, disse, o Banco Mundial entrou neste projecto, como forma de dar a sua contribuição para a melhoria de condições de vida, ao mesmo tempo que manifestou a sua satisfação nos projectos implementados através dos Programas de Reabilitação, Requalificação e Acessibilidades (PRRA).
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