Presidente do MpD descarta “far-west” em São Vicente e fala em tentativa de derrubar a câmara

Mindelo, 19 Nov (Inforpress) – O presidente do MpD disse, no Mindelo, que São Vicente “não é nenhum far-west” e que o que está a acontecer é uma tentativa de derrubar a câmara, quando deveria ocorrer um movimento contrário, “numa situação de crise”.

Ulisses Correia e Silva veio ao Mindelo na noite de sexta-feira, 18, no âmbito da rentrée política do seu partido, e destacou a importância das eleições autárquicas, em finais de 2024.

“Eleições muito importantes porque enquanto o MpD e o Governo estão a trabalhar duro para fazer o País avançar e fazer face à crise, temos uma oposição que apenas quer derrubar o Governo e a câmara, o que não é positivo e nem alternativa, e que não traz nada de novo a Cabo Verde”, pontificou o líder do partido que suporta o Governo.

Depois de mencionar as crises que assolaram Cabo Verde e da “boa notícia” de que o Governo está a dar “um bom combate”, Correia e Silva destacou a “capacidade de resiliência” dos cabo-verdianos e o “bom combate” dado às diversas adversidades que assolaram o País, embora, sintetizou, nunca tenha se limitado à gestão da crise, pois “continuou a fazer investimentos” em diversas áreas.

Após referir-se às principais medidas do Orçamento do Estado de 2023, bem como as “grandes apostas”, Correia e Silva concentrou-se no momento actual da autarquia mindelense.

“Conhecemos o que Augusto [presidente da câmara] anda a sofrer, mas é preciso lembrar que o povo de São Vicente escolheu Augusto Neves para presidente da câmara, e é só o povo de São Vicente que o pode tirar, não é PAICV mais a UCID”. declarou.

É que, segundo Ulisses Correia e Silva, o povo de São Vicente deu ao MpD o mandato para governar, e à UCID e ao PAICV para estarem na oposição, ou seja, para “criarem condições” para a governabilidade de São Vicente.

“O que está em causa é que o povo de São Vicente pediu à UCID e ao PAICV para darem um contributo positivo para governar São Vicente, é o que está em causa, não há nenhum far-west, é a procura de estabilidade e de governabilidade na câmara”, reforçou o presidente do MpD, para quem “a pior coisa que pode acontecer é juntar uma crise que o mundo vive hoje com uma crise política”.

“Aqui um apelo à responsabilidade de todos os actores políticos para que São Vicente desempenha aquilo que Cabo Verde espera dela, uma ilha com capacidade de desenvolvimento e na qual o Governo está a apostar fortemente, mas que necessita de uma câmara que funcione na normalidade”, sintetizou.

Por fim, numa mensagem para dentro, Correia e Silva disse que o MpD precisa ser “cada vez mais coeso e forte, sem divisões”, concentrado e com presença em todos os bairros, com capacidade de influenciar a sociedade, de aumentar e crescer, para conseguir ser “mais forte”.

“É com o MpD que São Vicente e Cabo Verde têm solução”, concluiu Ulisses Correia e Silva.

Na noite da rentrée intervieram ainda o coordenador local do MpD, Armindo Gomes, e o líder da Juventude do MpD, Vander Gomes.

AA/CP

Inforpress/Fim

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