Cidade da Praia, 15 Mai (Inforpress) – A presidente da Fundação Donana, Ana Maria Hopffer Almada, garantiu hoje que a sua organização pretende alargar as acções do Banco Alimentar em todo o país, através de um protocolo com a Organização das Mulheres de Cabo Verde (OMCV).
“Sendo a OMCV uma organização de âmbito nacional, com infra-estruturas físicas e humanas, vai nos permitir dinamizar delegações do Banco Alimentar (BACV) contra a fome noutras ilhas”, precisou Ana Maria Hopffer Almada, lembrando que, neste momento, o BACV já funciona em outros espaços do território nacional, como Fogo e São Vicente.
Para alcançar as pessoas mais carenciadas de todo o país, a Fundação assinou hoje um protocolo com a OMCV que, segundo Ana Maria Hopffer Almada, se trata de um “marco histórico”, porquanto permite que, depois de quatro anos da sua criação, o BACV assuma um carácter nacional e ser definitivamente um banco alimentar contra a fome de Cabo Verde.
Por sua vez, a presidente da OMCV, Idalina Gonçalves, disse à imprensa que a organização que dirige decidiu associar-se à Fundação Donana por entender que as duas instituições juntas são “mais fortes” para ajudar as populações mais carenciadas do país e, por isso, decidiram disponibilizar as suas estruturas para este tipo de apoio que, de acordo com as suas palavras, “se revestem de capital importância para os mais pobres”.
O protocolo assinado tem como principal objectivo estreitar as relações de cooperação entre as duas organizações e apoiar as delegações da Fundação nas outras ilhas, sobretudo com o projecto Banco Alimentar de Cabo Verde .
A Presidente da Fundação Donana aproveitou a ocasião para proferir uma palestra sobre o tema “Papel das Organizações da Sociedade Civil na promoção do Desenvolvimento Social – Caso da Fundação Donana e do Banco Alimentar de Cabo Verde”.
Neste momento, na ilha de Santiago, 740 famílias recebem de dois em dois meses apoios do Banco Alimentar, sendo 344 no município da Praia.
O Banco Alimentar de Cabo Verde foi criado em Outubro de 2012, depois da assinatura de um protocolo com a Entrajuda de Portugal, organização que tutela o Banco Alimentar daquele país europeu.
Cabo Verde foi o primeiro país africano membro da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) a ter um Banco Alimentar.
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