Presidente da BVC perspectiva até ao final do ano ter as acções da CVT cotadas na Bolsa

Cidade da Praia, 21 Jun (Inforpress) – O presidente da Bolsa de Valores de Cabo Verde (BVC), Manuel Lima, perspectiva que até final do ano as acções da Cabo Verde Telecom (CVT) vão estar cotadas no mercado da bolsa.

A decisão de colocar as acções da CVT na Bolsa de Valores foi tomada pela Assembleia-geral, na sua última reunião, realizada no passado fim de semana, sendo certo que há muito a BVC já tinha manifestado a abertura para essa possibilidade.

Manuel Lima saúda a iniciativa da Assembleia-geral e do Conselho de Administração da empresa, indicando que essa entrada da empresa de telecomunicações no mercado bolsista é bom para o mercado cabo-verdiano e bom para a empresa.

“Isto quer dizer que querem comprometer-se com o mercado, comprometer-se com a prestação de informações e querem demonstrar alguma visibilidade e particularmente aproveitar as vantagens que o mercado da bolsa confere”, disse em conversa com a Inforpress.

O presidente da BVC considera ainda que com a prestação de informações de forma transparente outras portas poderão abrir à empresa, sobretudo no capítulo do financiamento, seja pela via de emissão de mais acções, seja através de obrigações.

“Portanto, esta é também uma oportunidade que se lhes oferece e via mercado consegue-se, normalmente, um custo muito mais acessível. Para além disso, há outras vantagens nesse processo já que há mais comprometimento do conselho de administração e dos trabalhadores numa melhor gestão empresarial”, disse.

A partir agora, há um conjunto de trabalho a ser realizado, visando a materialização dessa solução e Manuel Lima considera que estão criadas as condições para até final deste ano tudo estar concluído.

“Recentemente foram aprovadas as contas das empresas, que é um dos aspectos fundamentais. Claramente que há outras questões que terão de ser trabalhadas, nomeadamente a questão do preço de partida e outros procedimentos que têm de ser feitos”, explicou.

Depois de concluído, o dossiê tem de ser enviado para Auditoria Geral dos Mercados de Valores Mobiliários (AGMVM) para efeitos de aprovação.

“Entendemos que nos próximos seis meses é possível termos as acções no mercado da BVC”, perspectivou.

A BVC conta actualmente com quatro empresas com acções cotadas, designadamente a Empresa Nacional de Combustíveis (Enacol), o Banco Comercial do Atlântico (BCA), a Caixa Económica de Cabo Verde (CECV) e a Sociedade Cabo-verdiana de Tabacos (SCT).

Tem ainda mais 13 obrigações cotadas, sendo 11 de empresas e dois dos municípios e todos os títulos emitidos pelo Estado, designadamente obrigações do tesouro e os bilhetes de tesouro.

MJB/CP

Inforpress/fim

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