Presidente da Aguisa defende que é preciso ter cuidado com a actualização da tarifa na linha São Vicente/Santo Antão

Ribeira Grande, 20 Abr (Inforpress) – O presidente da Associação de Guias de Turismo Profissionais de Santo Antão disse hoje que é preciso “ter cuidado” com a actualização dos preços na linha São Vicente/Santo Antão, porque a demanda turística depende em parte do preço.

Em declarações à Inforpress, Odair Gomes considerou ser “exagerada” a subida dos preços no canal Santo Antão/São Vicente, já que, na sua visão é a mais rentável do País.

Esta subida, conforme a mesma fonte, em 80 por cento (%) do bilhete de barco é no mínimo “discriminatória” para o turista.

“Assim será difícil para os guias e as agências fazer o planeamento ou venda de pacotes entre essas duas ilhas. Encarecer os destinos só porque há perdas e desorganização dentro do sector marítimo é um risco claro para o bom funcionamento do turismo” salientou.

E é neste sentido que o líder associativo lançou o repto ao “bom senso” dos decisores políticos, pois, segundo o mesmo, devem “repensar” a decisão visto que os turistas são trabalhadores árduos e devem pagar um preço justo por aquilo que consomem.

A partir de hoje entra em vigor uma nova tabela de tarifas para os transportes marítimos interilhas. Conforme o Governo, os preços não eram alterados desde 1996 e vão agora aumentar entre os 20% e os 80%. O objectivo da actualização das tarifas é a “reposição do equilíbrio do mercado” que será feita através da “diferenciação entre nacionais e não nacionais, conforme as práticas internacionais”, lê-se na nota enviada pelo executivo.

Os menores acréscimos serão feitos nas linhas Santo Antão/São Vicente, Fogo/Brava e os maiores são nas linhas São Vicente/Santiago e São Nicolau/Santiago, justificado em ambos os casos pelas distâncias em milhas a percorrer.

Segundo anunciou o Governo, verifica-se igualmente “um aumento na tarifa base da carga geral, representando um aumento médio na ordem dos 17%. Assinala-se ainda para um aumento médio de cerca de 20% no transporte de mercadorias em câmaras frigoríficas e no transporte de animais vivos”.

LFS/ZS

Inforpress/Fim

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