Presidenciais’2021: Fernando Delgado recebido em festa na zona onde nasceu e garante que no Figueiral a “vitória é certa”

Ribeira Grande, 02 Out (Inforpress) – O candidato a Presidente da República Fernando Delgado foi hoje acolhido ao som de tambores na zona do Figueiral da Ribeira Grande, Santo Antão, onde nasceu, e cantou “vitória certa”, já que “nem empate aceita”.

Com efeito, a face, os gestos e as palavras, durante o tempo em que esteve no Figueiral, revelaram “muita emoção, alegria e felicidade”, como, aliás, o próprio anunciou nas várias conversas que ia mantendo com os populares.

Os diálogos eram curtos, mas com o tempo suficiente para o candidato dar conta aos seus interlocutores da felicidade que lhe ia na alma por ter concretizado uma promessa com perto de 30 anos e regressar à terra onde o seu umbigo se encontra enterrado para dar a “boa nova”.

Pelo caminho, passou pela casa onde nasceu, e deu conta da tristeza por a mãe já não estar viva, de o pai se encontrar doente, no Porto Novo, e de ele próprio ter neste momento um filho em tratamento na Cidade da Praia.

“Estou a atravessar uma situação familiar difícil, mas mesmo assim tenho forças para levar o projecto desta candidatura até ao fim”, concretizou, à porta de casa dos pais, de onde ainda cumprimentou a irmã, o cunhado e os sobrinhos no terraço da residência mesmo à frente, sem contar com os três irmãos que o acompanham nesta campanha.

“Vim buscar a bênção, julgo que a minha mensagem está a passar, não só aqui como em todo o País”, lançou a um idoso, conhecido da família, que lamentava o facto de Figueiral possuir a “pior estrada de Cabo Verde”.

“É falta de vontade das autoridades, mas se for eleito vou tentar influenciar, apresentar propostas e ideias na paz, com diálogo, sem arrogância”, atirou o candidato.

Num momento posterior, aos jornalistas, o candidato revelou preocupação com a “grande taxa de desemprego jovem” que a ilha apresenta, sendo esta uma das preocupações que pretende levar para a Presidência da República, se for eleito.

“Há muitas coisas a necessitar de melhoramento nesta ilha e eu defendo claramente que o Ministério da Agricultura deverá ser sediado em Santo Antão, porque sou um defensor da descentralização de poderes”, precisou, lembrando que, assim, a ilha iria beneficiar e a taxa de desemprego no sector da agricultura iria “reduzir-se consideravelmente”.

O candidato que adoptou o lema “Um Presidente presente” fez ainda campanha na tarde de hoje na Ponta do Sal e este domingo, 03, desloca-se aos vales da Ribeira da Torre e do Paul.

Nas presidenciais do dia 17 de Outubro nos dois círculos eleitorais, nacional e estrangeiro, concorrem sete candidatos, nomeadamente Fernando Delgado, Gilson Alves, José Maria Neves, Carlos Veiga, Hélio Sanches, Casimiro de Pina e Joaquim Monteiro.

As últimas eleições presidenciais em Cabo Verde ocorreram no dia 02 de Outubro de 2016, com três candidatos (Albertino Graça, Jorge Carlos Fonseca e Joaquim Monteiro). Venceu Jorge Carlos Fonseca na primeira volta para um segundo mandato, com 74% dos votos.

AA/JMV
Inforpress/Fim

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