Presidenciais’2021: Casimiro de Pina promete “mediar e dialogar” com o Governo dentro do quadro da Constituição

Cidade da Praia, 01 Out (Inforpress) – O candidato presidencial Casimiro de Pina defendeu hoje que um Presidente da República deve “mediar e dialogar” com o Governo no sentido de dinamizar a articulação entre as partes, mas sempre dentro do quadro da Constituição.

Em declarações à Inforpress, o candidato, que vai visitar hoje as vendedeiras dos mercados da Praia e de Sucupira para falar da sua candidatura e solicitar voto na sua pessoa a 17 de Outubro, salientou que um Presidente deve agir em conformidade com a Constituição, ser independente e neutro.

O jurista, para quem a Constituição não carece de reformas, é de opinião que os poderes do Presidente da República tal como está desenhado na magna carta, “é suficiente” e permite um “bom exercício presidencial”.

“Esta Constituição não carece de alterações. O problema estará, talvez, na compreensão dos poderes presidenciais e na sabedoria deste em saber lidar com o documento existente, em lê-lo e saber interpretá-lo”, disse, asseverando que este saber fazer é que falta a alguns candidatos que estão a confundir o cargo presidencial com outras funções.

Neste sentido, afirmou que, enquanto candidato, o seu programa é cumprir a Constituição da República, realçando que é com base neste que irá apresentar-se aos cabo-verdianos no sentido de vir a ser um factor de “equilíbrio nacional” e o garante do adequado funcionamento das instituições políticas e da continuidade do Estado.

Para Casimiro de Pina, um Presidente deve exercer como árbitro do sistema político, não fazer demagogia e garantir, acima de tudo, a “blindagem” da Constituição.

“Espero que os cabo-verdianos não caiam nas chantagens dos partidos, pois, as eleições presidenciais não são e nem devem ser vistas como uma segunda volta das eleições legislativas”, prosseguiu, sustentado, por outro lado, que as eleições presidenciais é uma questão de cidadania.

Perante esta convicção, apela os cabo-verdianos residentes no país e na diáspora a não se deixarem manipular e que votem em consciência no dia 17, escolhendo o candidato mais bem preparado e com provas dadas pelo seu percurso cívico e defesa do direito.

“Que votem em consciência e autonomia, pois, isto não é uma luta de partidos, pelo que conto com a confiança dos cabo-verdianos neste dia. Temos sinais encorajadores nessa direcção”, afirmou.

Neste âmbito, Casimiro de Pina considera que a sua candidatura representa o reforço do estado de direito democrático, pelo que defende ser uma renovação muito forte da cultura política em Cabo Verde.

Nas presidenciais do dia 17 de Outubro, nos dois círculos eleitorais, nacional e estrangeiro, concorrem sete candidatos: Fernando Delgado, Gilson Alves, José Maria Neves, Carlos Veiga, Hélio Sanches, Casimiro de Pina e Joaquim Monteiro.

As últimas eleições presidenciais em Cabo Verde ocorreram no dia 02 de Outubro de 2016, com três candidatos (Albertino Graça, Jorge Carlos Fonseca e Joaquim Monteiro). Venceu Jorge Carlos Fonseca, à primeira volta, para um segundo mandato, com 74% dos votos.

PC/CP

Inforpress/Fim

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