Porto Novo, 03 Out (Inforpress) – O candidato às eleições presidenciais Gilson Alves acredita que as pessoas estão a ser tratadas como “vacas leiteiras” pelas instituições do Estado ligadas, por exemplo, à electricidade e transportes, algo que “não deveria ser permitido”.
Gilson Alves teceu estas considerações após uma conversa com uma moradora do Paul que desabafou com ele sobre estar a vender hortaliças para “desenrascar-se” e ter dinheiro para pagar luz e água, que aumentaram mesmo havendo “muito desemprego”.
“É incrível como a preocupação de um velho tem de ser como vai pagar a sua electricidade e comida”, sustentou a mesma fonte, para quem as pessoas estão a ser tratadas como “vacas leiteiras” pelas instituições do Estado, algo que “não deveria ser permitido”.
Sendo assim, ajuntou, as empresas ligadas à electricidade e água, como a Electra, mas também outras ligadas à saúde, educação, transporte e energia deveriam ser “controladas a cem por cento” pelo Estado, daí, propor a nacionalização de todas.
“CV interilhas, nacionaliza-se, Electra, nacionaliza-se e se não tivermos dinheiro para as indemnizar, não vamos indemnizar. Vamos fazer como Fidel fez quando expulsou os americanos de Cuba, aqueles parasitas, que abriam casinos e colocavam o povo na miséria”, frisou.
Gilson Alves disse querer “recomeçar tudo, pelos mais jovens”, porque “Cabo Verde já não está a aguentar mais”.
“Cabo Verde está num ponto de destruição, estamos a ponto de pedir ajuda para virem tomar conta de nós como se fossemos um bebé, mas já não somos bebé”, reiterou.
No tocante à Educação, defendeu que uma criança de sete anos “deve ter noção de orgulho nacional”, enquanto o Presidente como “pai da nação” tem de passar a mensagem “escola, escola, escola”.
“Educação e Saúde têm de ser de graça e sem discussão nenhuma, um Presidente, como um grande pai, tem de estar em cima para exigir isso”, sublinhou Gilson Alves, para quem a Educação é “primordial”.
O futuro, segundo a mesma fonte, passa por dar a cada criança um computador e esta ser acompanhado até concluir os estudos secundários.
“A partir daí, é ela que vai fazer por nós, já não precisamos nos preocupar e as coisas vão andar automaticamente, mas se um jovem for destruído antes de terminar o 12º ano já não teremos nação, não teremos nada”, sustentou.
Gilson Alves está hoje no concelho do Porto Novo, sua terra natal.
Nas presidenciais do dia 17 de Outubro, nos dois círculos eleitorais, nacional e estrangeiro, concorrem sete candidatos: Fernando Delgado, Gilson Alves, José Maria Neves, Carlos Veiga, Hélio Sanches, Casimiro de Pina e Joaquim Monteiro.
As últimas eleições presidenciais em Cabo Verde ocorreram no dia 02 de Outubro de 2016, com três candidatos (Albertino Graça, Jorge Carlos Fonseca e Joaquim Monteiro). Venceu Jorge Carlos Fonseca na primeira volta para um segundo mandato, com 74% dos votos.
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