Cidade da Praia, 20 Fev (Inforpress) – A Presidência da República acompanha “serenamente” o ataque “vil” que um suposto cidadão guineense fez a Jorge Carlos Fonseca, através de um vídeo posto a circular nas redes sociais, soube hoje a Inforpress de fonte da Presidência.
“Repudiamos o ataque vil ao Presidente da República vindo de alguém que deve ser um doente mental”, disse a mesma fonte, acrescentando, porém, que o chefe de Estado não vai reagir, tendo em conta que as redes sociais constituem um meio de comunicação, às vezes, “sem controlo”.
Em Janeiro, a convite do homólogo Umaro Sissoco Embaló, o chefe de Estado cabo-verdiano visitou a Guiné-Bissau, visita essa, segundo Jorge Carlos Fonseca, que serviu para o “reforço e relançamento” das relações entre os dois países.
Foi a primeira deslocação de Jorge Carlos Fonseca à Guiné-Bissau desde a chegada ao poder de Umaro Sissoco Embaló, que já tinha convidado o seu homólogo para a sua tomada de posse, no início do ano passado, então marcada por uma crise pós-eleitoral, mas que não se concretizou.
Jorge Carlos Fonseca foi a Bissau na companhia da sua mulher Lígia Fonseca e uma delegação encabeçada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, das Comunidades e Integração Regional, Rui Figueiredo Soares.
Entretanto, foi na sequência desta visita que um cidadão, que se julga ser bissau-guineense, fez um vídeo e o divulgou nos chats, cujo objectivo, segundo alguns cabo-verdianos que saíram em defesa de Jorge Carlos Fonseca, é o de pôr em causa a “honorabilidade” do chefe de Estado.
O jornalista Orlando Rodrigues, da Rádiotelevisão Cabo-verdiana (RTC), foi um dos primeiros a insurgir, na sua página oficial do Facebook, contra o referido vídeo, condenando o “enxovalhamento da imagem pública e do carácter” do Presidente Jorge Carlos Fonseca.
Para o jornalista, o autor do referido vídeo é “alguém que não se identifica e que não se conhece, sendo, por isso absolutamente incredível nas suas acusações”.
“… A linguagem, o tom e as palavras utilizadas projectam todo o veneno de um ódio de cujo depositário qualquer pessoa de bem é obrigado a demarcar-se”, comentou.
“E desengane-se quem pense que todo o ódio debitado no vídeo em alusão se dirige em exclusivo a Jorge Carlos Fonseca. Não, o autor está a generalizar, indo muito para além da dimensão de um único indivíduo e abrangendo todos os cabo-verdianos quando chama ao PR ‘cabunca de m****’, escreveu o jornalista.
LC/AA
Inforpress/Fim