Praia: PAICV vai apresentar denúncia crime junto do PGR por alegadas anormalidades nas obras do Mercado Coco

Cidade da Praia, 13 Fev (Inforpress) – O Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV-oposição) vai apresentar uma denúncia crime junto da Procuradoria-Geral da República, por considerar que houve anormalidades na gestão da verba destinada as obras do Mercado do Coco, na Praia.

A informação foi dada hoje, pela presidente do partido, Janira Hopffer Almada, depois de visitar as obras dessa infra-estrutura camararia para se inteirar do andamento da mesma.

Segundo explicou, o projecto para construção do Mercado do Coco, iniciado em 2011 pelo actual primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, que na altura era presidente da câmara da Praia, tinha um orçamento de 333 mil contos e passados nove anos, as obras continuam na mesma, ou seja, em “esqueleto”, e foram gastos e “enterrados” mais de 450 mil contos.

“Por essa anormalidade que nos consideramos de gravíssima, que o PAICV vai apresentar uma denúncia crime junto da Procuradoria-Geral da República nos próximos dias para que seja averiguado como é que é possível se ter investido mais de 450 mil contos numa obra que está ainda em esqueleto”, afirmou a líder do partido anotando que os responsáveis têm de explicar aos cabo-verdianos em geral e aos praienses como é que o dinheiro foi gasto, em que condições, quando e por quem.

Lembrou que o actual edil praiense, Óscar Santos, preveniu para o orçamento camarário de 2019 mais 350 mil contos para finalização deste projecto, o que contabiliza um total de 800 mil contos, verba essa que, no seu entender, é “muito” sendo que 400 mil contos davam para construir três barragens num país como Cabo Verde que depende grandemente do sector da agricultura.

Inicialmente avaliadas em 334 mil contos, as obras do Mercado do Coco, situado na zona baixa da Cidade da Praia, e que já levam mais de nove anos de atraso, gastaram, de acordo com as autoridades municipais, mais de 100 mil contos só em escavações, pelo que o seu custou aumentou substancialmente.

De acordo com o esboço inicial, o rés-do-chão seria dedicado para estacionamento, com 68 lugares, 326 postos de venda ou quiosques, um jardim infantil, enquanto o primeiro piso albergava 63 lugares para estacionamento, 393 espaços de venda, câmara de frio, um espaço para exposições, além de áreas reservadas à Guarda Municipal e à administração do mercado.

AV/CP

Inforpress/Fim

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