Cidade da Praia, 06 Jan (Inforpress) – A Operação Natal/Fim de Ano da Polícia Nacional (PN) na região de Santiago Sul e Maio resultou na identificação de 600 pessoas para efeito de identificação, além da detenção de 98 pessoas, várias apreensões e aplicações de coimas.
Em conferência de imprensa hoje realizada, o comandante regional de Santiago Sul e Maio, Roberto Fernandes, avançou que foi abordado um total de 7.590 pessoas e revistadas 6.167, resultando na detenção em flagrante delito de 98 pessoas que foram presentes ao Ministério Público.
Conforme este responsável, foram ainda conduzidas 71 pessoas para efeito de averiguação e 600 pessoas suspeitas para efeito de identificação.
“Fizemos apreensões, em termos criminais, de 17 armas de fogo, sendo 12 de fabrico artesanal, apreendemos ainda um total de 153 armas brancas, 25 munições, 108 pequenas porções de ervas que se presume ser canábis, 27 pequenas porções de pó branco que se presume ser cocaína, 38 pequenas porções de pasta que se presume ser haxixe”, detalhou.
A PN fez ainda, segundo Roberto Fernandes, a recuperação de nove telemóveis, que foram devolvidos aos seus legítimos proprietários, telemóveis esses que foram subtraídos de forma fraudulenta.
“Durante este período da execução do plano, o caso mais grave que nós registamos foi um homicídio que ocorreu no dia 01 de Janeiro em Calabaceira, também no mesmo dia e, praticamente na mesma hora, registamos o aparecimento de um cadáver”, acrescentou.
“Neste caso em concreto, ainda não podemos classificar que se trata de uma situação criminal, uma vez que está em investigação, na Polícia Judiciária e no local, e em condições em que foi encontrado o cadáver, há possibilidade de o mesmo ter caído na ravina”, completou.
Comparativamente ao ano de 2021, disse este responsável que se diminui o número de apreensões, o que, segundo Fernandes, poderá ter a ver com a forma como a força policial trabalhou.
“Ao invés de cada unidade da PN efectuar e realizar as suas acções e executar o seu plano, dada a situação criminal que nós vivemos no início do mês de Dezembro, com três homicídios no início do ano, recebemos instruções que fosse criada uma força composta pelas unidades do Comando Regional de Santiago Sul e Maio, Corpo da Intervenção, Direcção Central de Investigação Criminal e Centro do Comando”, analisou.
Desde o dia 09 de Dezembro, a cidade da Praia foi dividida em 12 espaços para 12 viaturas e a sua respectiva equipa, o que conforme afirma, permitiu aumentar “significativamente” o número de pessoas abordadas, e o número de pessoas revistadas.
Roberto Costa Fernandes acredita que a acção musculada poderá ter tido como consequência circulação com menos armas e por esta razão, a PN apreendeu menos 14 armas de fogo e menos 35 armas brancas, do que no ano anterior.
No domínio do trânsito, a PN realizou 20 acções de fiscalização rodoviária e 36 rusgas policiais durante este período em que foram ainda registados 209 acidentes e apreensões de 166 viaturas.
“Fiscalizamos um total de 4.710, apreendemos 473 documentos como garantia de pagamento, procedemos a feitura de 261 testes de álcool e aplicamos um total de 747 coimas. O total da coima aplicada aproxima-se de 6 mil contos, sendo 500 e tal aplicados a viaturas suspeitos de praticarem fretes clandestinos”, informou.
Roberto Fernandes disse ainda que a PN tem vindo a combater a situação de fretes clandestinos, desde Março do ano passado, tendo sido criada uma brigada exclusivamente para este efeito e que, por esta razão, a estatística relacionada com estes tipos de viaturas que se dedicam a fretes clandestino tem a sua estatística a parte.
“Vamos continuar a fazer as operações, mas atendendo que para fazer as operações durante a implementação do plano Natal e Fim de Ano em segurança tivemos que recorrer às pessoas que estavam em situação de férias, cancelamos as férias, por esta razão nós vamos poder colocar todos os efectivos que colocamos durante este período de tempo, mas vamos dar continuidade às nossas acções de forma a combater a criminalidade na Praia. Com menos efectivos por causa das férias que vamos ter de atribuir”, concluiu.
GSF/CP
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