Praia: Casas sociais de Achada Grande Trás para moradores das barracas devem ser concluídas em dois meses

Cidade da Praia, 25 Jan (Inforpress) – As casas sociais em Achada Grande Trás para albergar moradores das barracas, cujas obras iniciaram-se em Agosto de 2020 com previsão de término em seis meses, encontram-se paradas há algum tempo e devem ser concluídas em dois meses.

A empresa financiadora do projecto, neste bairro subúrbio da capital, o Grupo Khym Negoce, garantiu à Inforpress que vai concluir em dois meses as obras, tendo justificado o atraso com a entrada da nova liderança na Câmara Municipal da Praia, que tem que analisar os dossiês.

O acto de lançamento da primeira pedra para a construção dessas moradias para sete famílias vulneráveis foi feito há quase um ano e meio, ou seja, a 19 de Agosto de 2020, numa parceria entre a Câmara Municipal da Praia, dirigida na altura por Óscar Santos, o Grupo Khym Negócio e a empresa Oceânica Imobiliária.

Com esta parceria, sete famílias do bairro de Achada Grande Trás, que viviam em barracas, deveriam ter, em seis meses, as suas casas com mais condições, no âmbito do programa de habitação da autarquia que visava eliminar todas as barracas existentes na capital do País.

Contactada pela Inforpress, a gestora de negócios imobiliários e de construção do Grupo Khym Negoce, Suzete Spencer, confirmou que houve de facto, algum atraso, tendo em conta a entrada da nova liderança na câmara da Praia, que teria de analisar os dossiês relativos a este assunto.

Os trabalhos estavam orçados em cerca de 10 mil contos e as famílias que aguardam pelo término das obras das suas habitações morram, segundo esta responsável, por perto, sendo algumas com os seus familiares, ficando a responsabilidade do alojamento assumida pelo serviço social da autarquia.

“Mas, o Khym Negoce vai assumir a responsabilidade de terminar a obra dentro de dois meses, no máximo, porque tendo em conta o atraso, a empresa encarregue da obra perdeu muito, e não tinha mais interesse em continuar, por isso, tivemos que procurar uma outra empresa para dar continuidade aos trabalhos”, afirmou.

Por outro lado, a Inforpress contatou a Câmara Municipal da Praia, através da vereadora de Urbanismo e Infra-estruturas, Kyra Varela, para ouvir a sua reacção e saber mais sobre o que estaria na origem desta paralisação, tendo esta adiantado que esta câmara quando entrou as obras já estavam paradas.

“Encontramos as obras paradas, em princípio, se havia um acordo com a câmara, esta deveria ter dado continuidade. É um bocado controverso, sabendo que se nós temos um acordo com eles para realizar uma obra, que de repente é suspensa, realmente temos que vir a conhecer o dossiê porque nós não chegamos a parar nenhuma obra”, frisou.

Kyra Varela adiantou que chegou a reunir-se com um membro da empresa Oceânica, no mês passado, que informou que já tinham recomeçado as obras sociais neste bairro.

Entretanto, a vereadora prometeu inteirar-se melhor da matéria para saber por que razão este assunto está pendente, ou seja, o porquê desta obra continuar parada, para depois prestar esclarecimentos.

 ET/CP

Inforpress/Fim

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