Cidade da Praia, 07 Fev (Inforpress) – A Câmara Municipal da Praia procedeu hoje a demolição de um “muro clandestino” na subida do restaurante Poeta, em Achada Santo António, alegando que se trata de um processo normal de repor a legalidade no município.
A informação foi revelada pelo edil praiense, Francisco Carvalho, esta manhã durante uma conferência de imprensa, depois de muitos praienses manifestarem-se indignados com a construção deste muro que privilegia a privacidade de alguns e impedia os outros de verem o mar.
“O muro que foi construído na subida do Poeta não teve em nenhum momento a autorização por parte da Câmara Municipal da Praia, e mais, o muro não estava previsto no projecto de construção que foi licenciado pela autarquia”, apontou o autarca praiense que afirmou que o muro foi um acréscimo clandestino.
Segundo Francisco Carvalho, a autarquia teve conhecimento desta infração através do trabalho de fiscalização levado a cabo pela Polícia Municipal.
Explicou que as autoridades camarárias dirigiram-se ao local e notificaram o responsável da obra para remover voluntariamente o muro, mas não acataram com a medida.
“Não houve a demolição voluntária e a câmara avançou para a demolição com base nos seus recursos e equipamentos”, disse o presidente da câmara que afirmou tratar-se de um processo normal de gestão do território municipal que visa repor a regularidade no município.
Francisco Carvalho disse ainda que durante o processo de construção dessa infraestrutura clandestina a empresa tapou a vista com chapas de ferro, e quando retiram as chapas o muro já estava erguido, situação essa, que no seu entender, foi propositada.
“Tem um aspecto muito importante que é essa indignação popular que é fundamental e acaba por construir uma almofada importante para essa actuação da câmara municipal”, referiu.
AV/CP
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