Cidade da Praia, 19 Set (Inforpress) – Os condutores de automóveis ligeiros profissionais da Câmara Municipal da Praia iniciaram hoje uma greve de três dias com adesão de 99% (por cento), avançou hoje o vice-presidente do SISCAP, Francisco Furtado.
Neste primeiro dia de greve, os trabalhadores concentraram-se em frente às instalações da câmara municipal na Fazenda e ergueram cartazes com frases como “queremos tratamento igual”, “discriminação salarial desde 2013”, “mais respeito para os condutores profissionais da câmara”, “trabalhadores manifestam contra injuria” e entre outros dizeres.
Segundo o Sindicato da Indústria, Serviços, Comércio, Agricultura e Pesca (SISCAP), neste momento a adesão é de cerca de 99% sendo que dos 52 condutores da autarquia praiense 16 são profissionais de automóveis ligeiros.
Francisco Furtado disse que depois de várias tentativas de negociações com a autarquia na qual esteve presente a Direcção Geral do Trabalho, (DGT) as partes não chegaram a um entendimento sendo que está em causa a aprovação e implementação do Plano de Cargos Carreiras e Salários (PCCS).
Entretanto avançou que neste momento a câmara tem vindo a aplicar o antigo PCCS referente à lei 86/92, em vez de cumprir o novo PCCS referente a 2013 que enquadra esses condutores noutro nível salarial.
“Neste momento esses condutores recebem um salário de 19.375 escudos da categoria de um telefonista, enquanto que o novo PCCS aplica um salário de 27.109 escudos”, sublinhou o sindicalista que disse que das negociações iniciadas em Novembro de 2021, a câmara assumiu resolver todas as pendências até Janeiro desde ano.
O sindicalista assegurou que caso as reivindicações não sejam cumpridas, vão reunir com os associados para analisarem novas formas de lutas, mas não descartam a hipótese de partirem para uma nova greve ainda no decorrer deste ano caso as pendências continuem.
Por seu turno, Nilton Fonseca condutor da autarquia manifestou-se hoje “descontente” com a medida aplicada pela autarquia praiense, e apelou ao edil a cumprir com a lei sendo que estão a ser prejudicados, discriminados e ameaçados.
Segundo explicou, a nova equipa camarária trouxe um grupo de novos condutores que têm outro tipo de contrato com vencimento de 38 mil escudos e outros foram contratados para conduzirem camiões, mas estão na categoria de automóvel ligeiro com um salário superior ao nosso.
Neste primeiro dia, os trabalhadores concentraram-se em frente às instalações da câmara, na Fazenda, no segundo dia em frente ao edifício da câmara, no Platô, e no terceiro será novamente na Fazenda para exigirem o cumprimento das reivindicações.
AV/ZS
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