Pozolanas: Porto-novenses optimistas em relação ao futuro da cimenteira paralisada há uma década

Porto Novo, 11 Mar (Inforpress) – O anúncio feito pelo primeiro-ministro sobre a retoma da indústria de pozolanas, na sua recente visita a Santo Antão, deixou os porto-novenses “optimistas” em relação ao futuro da cimenteira, que está paralisada desde 2013.

Durante uma visita a Santo Antão, semana passada, o chefe do Governo, Ulisses Correia e Silva, anunciou que a empresa portuguesa Cimpor foi escolhida pelo Governo para o relançamento da indústria das pozolanas no Porto Novo, notícia que agradou aos munícipes que, constantemente, têm pedido a retoma desta indústria.

“Há muito que temos vindo a pedir a reabertura da fábrica de pozolanas e o anúncio do primeiro-ministro é uma boa notícia para Porto Novo e Santo Antão”, avançou o munícipe José Rocha, enaltecendo o impacto desta indústria na promoção do emprego.

António da Luz é outro porto-novense que ficou “satisfeito” com a informação avançada pelo chefe do Governo, lembrando que a retoma da exploração das pozolanas constitui um desejo da população do município do Porto Novo.

O Governo garantiu que o realçamento desta indústria vai “gerar mais de 100 empregos directos”, o que será “muito bom” para Porto Novo, segundo o munícipe Manuel Gomes.

A indústria de pozolanas no Porto Novo está paralisada desde 2013, quando o grupo de investidores italianos, que vinha explorando a cimenteira desde 2005, decidiu encerrar a unidade de produção por alegadas dificuldades de mercado.

A cimenteira portuguesa Cimpor já tinha, nos anos 90, manifestado interesse na exploração das pozolanas em Santo Antão, tendo na altura elaborado, conjuntamente com a outra empresa portuguesa Secil, um estudo que confirmava a qualidade deste recurso natural, utilizado para a construção de importantes infra-estruturas portuárias em Portugal e Angola.

As jazidas de pozolanas concentram-se, sobretudo, nas proximidades da cidade do Porto Novo (Brejo, Fundão, Ribeira Fria e Gamboesa), cujas reservas estimam-se em dez milhões de toneladas.

JM/CP

Inforpress/Fim

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