Cidade da Praia, 09 Nov (Inforpress) – A agência Inforpress divulga uma selecção de frases do discurso de posse de José Maria Neves como Presidente da República de Cabo Verde, que proferiu em crioulo e português.
José Maria Neves
“N sta, lisin, dianti di nhos, ku profundi umildadi y un grandi sentidu di konpromisu”.
“Quero apresentar ao povo de Cabo Verde o meu grande reconhecimento tanto no País como na diáspora pela extraordinária jornada democrática que junto fizemos durante os dias de intenso campanha eleitoral”.
Idem
“N ta sta fortimenti enpenhadu na promoson di um programa di abitason kondignu, sobritudu a-favor di famílias ku ménus possibilidade”.
Idem
“A grande prioridade nacional tem de ser, necessariamente, a reconstrução do País neste ciclo doloroso do pós-pandemia. Trata-se de uma tarefa ingente e que exige a convocação de toda a Nação global cabo-verdiana”.
Idem
“Stória di Kabuverdi é, pa mi, un grandi motivu di orgulhu y enkorajamentu”.
Idem
“Temos de fechar o ciclo das remessas financeiras e investimentos circunscritos que, mais do que isso, aposte em capitais e activos valiosos nos nossos dias. Falo de remessas de ideias, remessas espirituais, remessas de competências e capacidades de entre as muitas e altamente qualificadas que existem nas nossas comunidades emigradas”.
Idem
“N ta bem tem un ajénda inténsu na dumínius di spesial ralevánsia nasional, sima, pur izénplu: Dféza Nasional. Konselhu di Repúblika y Konselhu Supirior di Diféza Nasional ki ta bem reúni, ku más frekuénsia, na Palásiu di Povu, na Sidade di Mindelu”.
Idem
“Sou um presidente que une, que cuida e protege, um presidente positivo e empenhado em levantar a alma e o espírito da nação. Estarei atento às reivindicações e aspirações dos cabo-verdianos”.
Idem
“N ta sta fortimenti enpenhadu na promoson di um programa di abitason kondignu, sobritudu a-favor di famílias ku ménus possibilidade”.
“Ouvirei atentamente e actuarei de acordo com os instrumentos e mecanismos que estarão ao meu alcance, designadamente através da promoção de acções como ‘Presidente Ilha’ e ‘Presidente Diáspora’, como espaço de diálogo e de busca de soluções para os problemas prementes do País em cada momento”.
Idem
“Enquanto Presidente da República vou estar na primeira linha do combate pela oficialização do nosso crioulo, com base em todas as variantes, pois que são as marcas da sua riqueza e força como língua deste povo disperso por várias ilhas”, sustentou.
Idem
“Farei sempre o meu melhor com todas as minhas capacidade e energias”, sintetizou, no final do seu discurso.
Idem
Austelino Correia, presidente da Assembleia Nacional
“É com elevada honra que, em nome desta Casa do Povo e instituição central da democracia, saúdo o insigne filho desta terra, que, com o acto solene que acabamos de testemunhar, passou a ser o quinto Presidente da República de Cabo Verde, o nosso Presidente, o Presidente de todos os cabo-verdianos no País e pelos cinco continentes aonde se encontram”.
“A sua eleição, senhor Presidente, leva-nos a inferir que os cabo-verdianos levaram em devida conta, entre outros aspectos, a sua larga experiência política e governativa e quiseram que dela se sirva o Presidente da República para ajudar o País a enfrentar e superar os desafios que não são poucos”.
Idem
“A coabitação política não pode meter medo, a nossa tradição democrática de respeito pela Constituição, pela separação e interdependência de poderes, pelo funcionamento das instituições, aliada a cultura de diálogo e da procura de entendimentos e construção de consensos, pela solidariedade e lealdade institucionais constituem pressupostos básicos para, na diferença e pluralidade, sem excessos nem omissões, com elevado sentido de Estado, sabermos unir por Cabo Verde sempre”.
Idem
José Maria Neves, 61 anos, foi eleito Presidente da República na primeira volta das eleições presidenciais, realizadas no dia 17 de Outubro, com 95.974 votos, o equivalente a 51,75% do total dos votos.
O ex-primeiro-ministro (2001 -2016) torna-se, assim, no quinto Presidente da República de Cabo Verde depois de Aristides Pereira (1975 a 1991), António Monteiro (1991 a 2001), Pedro Pires (2001 a 2011) e Jorge Carlos Fonseca (2011-2021).
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