Lisboa, 18 Mai (Inforpress) – A ceramista e escultora cabo-verdiana, natural de Tarrafal, interior da ilha de Santiago, Jacira da Conceição inaugura no sábado, 20, a exposição denominada “Mar Interior”, na Galeria Municipal de Montemor-o-Novo, município onde reside.
O convite para a exposição que será aberta ao público a parir das 18:00 (16:00 em Cabo Verde) partiu da Câmara Municipal de Montemor-o-Novo e vai ficar patente na galeria até 17 de Junho.
“Estou muito feliz pela possibilidade de apresentar esculturas ao público montemorense e, claro, pelo convite que o município me endereçou”, disse, agradecendo.
Conforme a artista, quando ela trabalha o barro, deixa que o seu corpo se invada de ancestralidade.
“O silêncio dos gestos que dão forma, são a minha voz, o meu mar interior, que flui, que corre, que se agita, que se agiganta em carícias telúricas na orla do meu pensamento e grita…Metade de mim é mar e a outra metade é descoberta”, afirmou.
Este mês, Jacira da Conceição está a participar numa residência artística, em Beja (Portugal), que decorre de 12 de Maio até o final deste mês, no âmbito da Futurama 2023 – Ecossistema Cultural e Artístico do Baixo Alentejo, a convite curadora da Fundação Calouste Gulbenkian Rita Fabiana.
No dia 26 de Maio, a artista vai também estar a participar na numa mostra internacional, no Museu da Água, em Lisboa, a convite da galeria luso-angolana ‘This is not a White Cube’, com quatro esculturas, no Museu da Água – Depósito da Patriarcal, no Príncipe Real, no âmbito da exposição internacional da feira Arco Lisboa no programa VIP.
Hoje, Jacira da Conceição faz o encerramento da exposição “Tchom Bom”, que está patente no Centro Cultural de Cabo Verde (CCCV), em Lisboa, no âmbito do projecto com a Fundação Calouste Gulbenkian, desde o dia 29 de Abril.
Jacira da Conceição iniciou a sua actividade como escultora na relação que estabeleceu com a comunidade de oleiras da localidade de Trás-os-Montes, no Tarrafal, e agora a viver em Portugal com a família, em Montemor-o-Novo, tem o seu ateliê a partir do qual recebe vários convites para exposições.
Tem trabalhado e criado esculturas e outras peças para várias entidades cabo-verdianas, como a Embaixada de Cabo Verde em Portugal, o Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas, mas também o Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal, o Museu Nacional de Arte Contemporânea, entre outras.
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