Lisboa, 15 Mar (Inforpress) – A Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril vai inaugurar esta quinta-feira, 16, “Amílcar Cabral, uma exposição”, no o Palácio Baldaya, em Benfica, Lisboa, e vai ficar patente ao público até o dia 25 de Junho.
Conforme a organização, a exposição com entrada livre e que pode ser visitada todos os dias, das 09:00 às 22:00, é inaugurada no ano em que passa 50 sobre o seu assassinato a 20 de Janeiro de 1973, em Conacri.
A partir da exposição, a Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril vai promover iniciativas diversificadas, como mesas redondas, concertos, visitas guiadas e cinema, incidindo sobre temas como liberdade, colonialismo, luta anticolonial e descolonização.
Para o primeiro dia da exposição, a partir das 18:00 (17:00 em Cabo Verde), terá lugar a mesa-redonda “Cabral ka mori” (Cabral não morreu, em português), com o músico e activista Dino D’Santiago, a historiadora Ângela Coutinho, o autor da biografia “Amílcar Cabral (1924-1973)”, Julião Soares de Sousa, e o investigador Alfredo Caldeira.
De acordo com a mesma fonte, a exposição conta a história do fundador do Partido Africano da Independência para Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), que ao lado dos seus companheiros, “contribuiu decisivamente para o fim do último império colonial europeu”.
A exposição vai mostrar objectos e correspondência de Amílcar Cabral, mas também imagens, sons e textos que outras pessoas lhe têm dedicado, através de 50 peças que permitem uma “viagem pela vida do agrónomo e líder nacionalista”.
No Palácio Baldaya, explica a organização, cada uma das peças vai levar as pessoas a momentos e lugares da vida de Amílcar Cabral, esclarecendo que muitas das 50 peças em exibição têm protagonistas próprios, como a fotógrafa italiana Bruna Polimeni, o músico angolano David Zé, ou líder ganês Kwame Nkrumah.
A iniciativa da Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril tem curadoria científica de José Neves e Leonor Pires Martins, consultoria de Alfredo Caldeira, arquitectura de Ricardo Santos e Miguel Fevereiro, e grafismo de Vera Tavares.
Conta, enquanto parceiros, com a Junta de Freguesia de Benfica, a Fundação Amílcar Cabral, o Laboratório Associado IN2PAST, a Associação TCHIWEKA de Documentação, e a Fundação Mário Soares e Maria Barroso.
A organização prevê a itinerância nacional e internacional da exposição, nomeadamente pelas cidades de Coimbra (Setembro-Dezembro de 2023), Cidade da Praia (Janeiro-Abril de 2024) e Nova Iorque – Estados Unidos (Setembro-Dezembro de 2024).
DR/ZS
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