Porto Novo, 29 Dez (Inforpress) – A sustentabilidade do sistema de produção de água potável no Porto Novo constitui um dos desafios deste município para 202O, estando a edilidade, o Governo e a entidade reguladora a “trabalhar” para se conseguir esse desiderato.
As dívidas do município para com a Águas do Porto Novo (APN), empresa de produção de água dessalinizada, tem sido “uma séria ameaça” à sustentabilidade financeira da unidade dessalinazadora, que tem assegurado, há mais de uma década, o abastecimento de água potável às populações.
A Câmara Municipal do Porto Novo garante que a autarquia, a APN, a Agência Nacional de Água e Saneamento (ANAS) e a Agência Reguladora Multissectorial da Economia (ARME) têm estado a “trabalhar” na procura de uma solução aos problemas que “colocam em risco” o sistema de produção de água dessalinizada, no Porto Novo.
Alguns encontros têm sido realizados, ultimamente, entre a câmara municipal, a ANAS, a ARME e o vice-primeiro-ministro, com esse proposito, lembrou o presidente da câmara, Aníbal Fonseca.
O autarca tem vindo a defender a atribuição, por parte do Estado, de uma subvenção a Porto Novo, no âmbito da “solidariedade social” para com o município, que, a seu ver, pode ser uma das vias para se garantir a sustentabilidade do sistema de produção de água.
A cidade do Porto Novo dispõe, desde 2008, um sistema de produção de água considerada de “boa qualidade” e em quantidade suficiente para as necessidades dos utentes, mas existe o “problema de sustentabilidade financeira”, que “urge resolver”, segundo os utentes.
A câmara do Porto Novo é obrigada a acumular, mensalmente, dívidas que ultrapassam os dois mil contos para assegurar o abastecimento de água a dez mil pessoas na cidade do Porto Novo.
Além das “avultadas dívidas” da câmara para com a APN, que deve ultrapassar os 140 mil contos, há ainda as perdas na rede, na ordem dos 50 por cento (%), problemas que ameaçam a continuidade do sistema de abastecimento de água potável no Porto Novo.
A unidade de dessalinização de água no Porto Novo, com capacidade de produção de mil metros cúbicos de água/dia, resultou de uma parceria pública/privada, envolvendo Água de Ponta Preta (APP), Governo e o município do Porto Novo, num investimento de 240 mil contos.
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