Porto Novo, 19 Mar (Inforpress) – O mercado para o queijo curado, que se produz no Planalto Norte, Porto Novo, Santo Antão, continua limitado devido à pandemia de covid-19, encontrando-se, nesta altura, armazenada “uma boa quantidade” deste produto à espera de melhores dias.
Quem o diz é o produtor do queijo curado, António Sabino Lima, acrescentando que a queda do turismo em Santo Antão acabou por limitar, sobremaneira, o mercado para este produto, que, até 2019, era muito consumido pelos turistas, sobretudo franceses, que visitavam esse planalto e a “ilha das montanhas”.
O “grande mercado” do queijo curado foi sempre os restaurantes, que, com a paralisação do turismo em Santo Antão, deixaram de adquirir este queijo, comercializado, actualmente, somente em estabelecimentos comerciais (minimercados), explicou.
A produção diária do queijo curado no Planalto Norte anda à volta de 50 unidades, segundo António Sabino Lima, que acredita que este produto vai poder reconquistar o seu mercado, com a retoma do turismo em Santo Antão e, a consequente, reabertura das unidades hoteleiras.
A certificação deste queijo constitui um propósito deste produtor, que informou que, até Junho, a unidade de produção de queijo do Planalto Norte, cujas obras estão em andamento, já estará a funcionar, facto que vai permitir ainda a utilização de selo de origem no produto.
No Planalto Norte, Porto Novo, produz-se, também, o queijo fresco, que tem, desde 2007, a chancela de património do gosto e galardoado, em 2017, com o prémio Slow Cheese Award, pela Fundação Slow Food, com sede em Itália.
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