Porto Novo, 23 Abr (Inforpress) – As famílias que vivem desde os anos 90 nas casernas do antigo quartel militar do Porto Novo, Santo Antão, estão preocupadas com o futuro desse espaço, que a edilidade porto-novense pretende transformar numa aldeia administrativa.
Trata-se de uma dezena de famílias que ocupa, há mais de duas décadas, as velhas casernas do ex-quartel militar que deseja conhecer o futuro que a câmara do Porto Novo reserva ao edifício, já em estado muito avançado de degradação.
O antigo quartel militar do Porto Novo, desactivado em 1982, foi transferido, há cerca de um ano, pelo Governo ao município do Porto Novo no quadro de um protocolo que inclui ainda a antiga pousada municipal, o edifício do ex-Papasa no Tarrafal de Monte Trigo e a pousada da juventude.
A Câmara Municipal do Porto Novo reitera a intenção de transformar esse espaço numa zona administrativa para a instalação de serviços desconcentrados do Estado ainda sem instalações próprias, como o Tribunal, a Procuradoria e a Conservatória dos Registos e Notariado.
Por enquanto, as dez famílias vão continuar a viver no ex-quartel, mas a edilidade tem de encontrar uma solução para essas pessoas, segundo o edil, Aníbal Fonseca, admitindo que lá vivem, também, pessoas já com casas próprias e que vão ter de deixar o local.
O município, em parceria do Governo, espera encontrar uma solução para essas famílias, para que possa avançar com os projectos previstos de transformar o antigo quartel, construído em 1932, numa aldeia administrativa.
É intenção da autarquia conservar a fachada principal e as guaritas do ex-quartel dado o seu valor histórico e cultural.
JM/CP
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