Porto Novo, 02 Out (Inforpress) – Os criadores de gado do Planalto Norte, no Porto Novo, em Santo Antão, entendem que “já é tempo do Governo olhar” para esta localidade, uma das mais atingidas pela seca que atinge este município.
Falando em nome da classe, o criador de gado Betson Jorge, residente em Bolona, um dos vários povoados que enformam o Planalto Norte, considera que o executivo devia já adoptar um plano de salvamento do gado nesta zona, onde, além de dificuldades na aquisição da ração, há ainda a crise de água para os animais.
“O Governo já devia estar a olhar para o Planalto Norte, onde há falta de água. O milho para ração animal custa dois mil escudos/caso, preço muito elevado para os criadores de gado”, avançou a mesma fonte.
O presidente da Associação dos Criadores de Gado do Planalto Norte, Adilson Vitória, já tinha alertado, esta semana, para demora na queda de chuva, que está a deixar “aflitos” os pastores desta localidade, onde a pecuária constitui o principal meio de vida das 70 famílias locais.
O delegado do Ministério da Agricultura e Ambiente no Porto Novo, Joel Barros, de visita, esta sexta-feira, ao Planalto Norte, acompanhando o secretário de Estado da Economia Agrária, reconheceu que, a continuar este espectro do mau ano agrícola, “terão que ser tomadas medidas” de apoio aos criadores de gado.
O secretário de Estado da Economia Agrária, Miguel Moura, admitiu que, no concelho do Porto Novo, a situação do ano agrícola “não é muito famosa”.
De visita, sexta-feira, a este planalto no final de uma visita a Santo Antão, disse ter constatado “cenários diferentes” quanto à situação do ano agrícola em Santo Antão.
“Verificamos que no Paul choveu razoavelmente, mas no caso da Ribeira Grande e Porto Novo, infelizmente, a situação não é muito famosa”, sublinhou, assegurando que o Ministério da Agricultura e Ambiente, no quadro de uma “ronda de proximidade” com agricultores e criadores de gado para avaliar o ano agrícola, pretende ter “o retrato” do País, com vista à tomada de medidas concretas, em função do diagnóstico.
JM/CP
Inforpress/Fim
