Porto Novo, 13 Mar (Inforpress) – O abastecimento de água à cidade do Porto Novo, Santo Antão, feito através de dessalinização, continua a endividar o município, que admite a existência, nesta altura, de uma “dívida avultada” para com Águas do Porto Novo (APN).
À semelhara dos outros anos, também em 2018 o serviço de abastecimento de água aos cerca de dez mil habitantes na cidade do Porto Novo foi “deficitário”, marcado pelo aumento das dívidas da autarquia com a APN, que terá atingido, somente em 2018, um valor de cerca 20 mil contos.
A edilidade portonovense admite que se está perante “uma dívida avultada”, acumulada desde 2008, com a entrada em funcionamento da unidade de dessalinização, alertando que o abastecimento de água à cidade do Porto Novo, “continua a ser um serviço deficitário”.
O presidente da câmara, Aníbal Fonseca, avisa que o município, a enfrentar “graves problemas financeiros”, está a ter “sérias dificuldades” para continuar a suportar a dívida, insistindo na necessidade de se resolver a questão do abastecimento de água à cidade do Porto Novo, que tem sido “um serviço altamente deficitário”.
Toda a água produzida pela empresa APN, estimada em 590 metros cúbicos de água/dia, é vendida à câmara municipal que, através do serviço autónomo de água, procede à sua distribuição à população.
O défice tarifário e as perdas técnicas, à volta de 45 por cento (%), são suportados pelo próprio município que está, por isso, a endividar-se e a criar problemas de sustentabilidade à própria APN, empresa que, desde 2008, opera na produção de água dessalinizada no Porto Novo.
O Governo diz estar “atento” à situação e já assumiu “o compromisso” com as autoridades locais para, “juntos”, encontrar uma solução que viabilize o sistema de produção de água dessalinizada.
JM/ZS
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