Porto Novo, 01 Fev (Inforpress) – Os agricultores no concelho do Porto Novo, em Santo Antão, perspectivam, ainda no decurso deste mês de Fevereiro, uma boa produção de batata comum, mas o problema do mercado continua a ser o principal constrangimento.
Actualmente, há maior disponibilidade de água para rega em todos os vales agrícolas deste município, consequência das chuvas de Setembro de 2020, mas também devido ao facto de o Ministério da Agricultura e Ambiente ter reparado, nos últimos meses, vários sistemas de produção de água (furos), que se encontravam avariados em algumas localidades.
É o caso de Martiene, um dos maiores produtores de batata comum em Cabo Verde, com uma produção anual à volta de um milhar de toneladas, onde, este ano, se perspectiva uma boa produção deste tubérculo, mas a falta de mercado tem vindo a “tirar o sono” aos agricultores.
Muitos preferem acondicionar o produto durante vários meses, explicou o porta-voz dos produtores, Januário Cruz, adiantando que, na fase inicial da colheita, o mercado fica bastante saturado, e o preço fica “muito reduzido”.
Por isso, vários agricultores preferem armazenar o produto à espera de “melhor preço”, esclareceu ainda.
Os produtores agrícolas no Porto Novo dizem que o mercado para os excedentes deste município está reduzido apenas à ilha de São Vicente, mercado já “muito disputado” pelos produtos oriundos de Santiago e São Nicolau.
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