Poluição sonora é uma das “principais preocupações” em Cabo Verde em termos de saneamento ambiental – Florisvindo Furtado

Cidade da Praia, 26 Abr (Inforpress) – O director de serviço de acção climática e saneamento ambiental da Direcção Nacional do Ambiente, Florisvindo Furtado, disse hoje, que a poluição sonora é uma das “principais preocupações”, em Cabo Verde, em termos de saneamento ambiental.

Esta informação foi avançada à imprensa por Florisvindo Furtado, antes da abertura do ateliê sobre a “Poluição sonora – efeitos na saúde, medidas de prevenção e controlo”, no âmbito da comemoração do dia internacional da consciencialização sobre a poluição sonora promovido pela Direcção Nacional do Ambiente.

Segundo este responsável, este ateliê visa consciencializar a sociedade cabo-verdiana para a necessidade urgente do controlo dos níveis de ruído e de uma convivência cada vez mais harmoniosa entre o homem e o meio ambiente em direcção à elevação da cidadania ecológica e melhoria da qualidade ambiental em Cabo Verde.

Lembrou que existe uma lei da Poluição Sonora em Cabo Verde, que foi implementada desde 2013, mas defendeu que é preciso fazer uma revisão da mesma no sentido de fornecer as ferramentas que serão úteis para o melhor cumprimento dessa lei.

No entanto, apontou vários desafios que têm estado a enfrentar desde da sua implementação, como problemas de articulações entre a polícia nacional e as câmaras municipais, além de dificuldades técnicas no controlo da poluição sonora.

Em termos de saúde, a mesma fonte indicou que a poluição sonora traz impacto nocivo, designadamente, “stress”, ansiedade, perda auditiva e falta de sono, entre outros problemas.

Para Florisvindo Furtado, a comemoração desta data pela primeira vez em Cabo Verde, significa contribuir para aumentar a consciencialização das pessoas e aumentar o respeito que as pessoas têm pelos limites de cada um.

Para sensibilizar a população sobre esta temática, esta entidade, conforme Furtado, tem estado a fazer actividades através da televisão, distribuição de panfletos a nível das comunidades e realização de ateliês.

Por seu turno, o assessor especial e representante do ministro da Agricultura e Ambiente, Alexandre Rodrigues, disse que a consequência das exposições constantes ao ruído pode ser extremamente prejudicial para a saúde pública e para a cidadania, sublinhando que nas áreas urbanas, o ruído pode levar a difícil concentração, comunicação ou até a realização de tarefas viáveis. Nas áreas rurais a poluição pode interferir no comportamento dos animais e afectar a biodiversidade local.

Por isso, afirmou a mesma fonte que é importante que as pessoas sejam conscientes do impacto do ruído na saúde e no bem-estar individual e colectivo, evitando comportamentos que possam gerar ruídos excessivos porque conforme explica, todos têm o direito de viver num ambiente tranquilo, pelo que, cabe à sociedade como um todo e ao governo garantir esse direito.

DG/HF

Inforpress/Fim

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