Pobreza extrema e absoluta ainda afectam direitos da criança em Cabo Verde – representante da Unicef

Mindelo, 01 Jun (Inforpress) – O representante da Unicef em Cabo Verde, Steven Ursino, disse hoje, no Mindelo, que a pobreza extrema e absoluta que impactam directamente na realização dos direitos da criança e a violência são desafios que ainda persistem no País.

O represente do Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Steven Ursino, falava no acto central das comemorações do Dia Internacional da Criança, 01 de Junho, no Auditório da Academia Jotamont, que teve a participação de 250 crianças e adolescentes da ilha de São Vicente.

Segundo Steven Ursino, Cabo Verde já avançou muito no que diz respeito à protecção da criança, nomeadamente na área da saúde, no registo de nascimento, na educação, na protecção social, nos esforços para a consolidação de uma justiça mais amiga da criança, na realização de reformas legislativas, na criação de mais estruturas para as crianças entre outras.

Porém, frisou, persistem ainda desafios como o da pobreza extrema e absoluta e que impactam directamente na realização dos direitos da criança e o da violência contra a criança, pelo que defendeu que é preciso continuar a investir na protecção da criança em Cabo Verde.

“O investimento não só irá beneficiar as crianças de hoje, mas terá um impacto director sobre a estabilidade e prosperidade do País no futuro”, defendeu.

Também referiu que apesar da Convenção Internacional dos Direitos da Criança muitas crianças vivem hoje, no mundo, momentos particularmente difíceis.

Steven Ursino lembrou, que, de acordo com a Unicef, as consequências da pandemia da covid-19 foram sentidas pelos países e famílias no mundo inteiro, sendo que muitas delas perderam o seu rendimento. Para ele, a crise da covid-19 é uma crise dos direitos da criança.

“Os efeitos da pandemia nas crianças são imediatos e se não forem minimizados ou eliminados persistirão para toda a vida. Assim, para reconstruir melhor devemos ouvir mais as crianças e trabalhar mais para elas”, adiantou, destacando que desde o início da pandemia da covid-19 a Unicef, com os parceiros, vem engajando as crianças e perguntando-as como se sentem em relação ao vírus e como elas acham que a crise pode ser resolvida.

“E as suas respostas são claras. Colocar os direitos da criança no centro dos esforços de retoma de recuperação. Portanto, ouvir as crianças garante que os esforços de recuperação tenham significado para elas e para as suas famílias”, afirmou o responsável, pedindo às crianças presentes no acto que reforcem as suas vozes para acelerar os progressos das crianças ainda no horizonte 2020/2022.

Ainda se dirigindo às crianças, Steven Ursino disse que ele e outras instituições presentes estão a lutar para a promoção dos direitos das crianças e pediu-lhes para que não se esqueçam dos seus deveres para com os pais, profissionais, professores, colegas e a sociedade.

Encerrando o discurso, o representante da Unicef em Cabo Verde reiterou o compromisso em continuar a apoiar os esforços nacionais visando assegurar o respeito e comprimento dos direitos da criança na sua plenitude.

CD/ZS

Inforpress/Fim

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