Cidade da Praia, 11 Jan (Inforpress) – A UCID disse hoje entender que os serviços competentes com a responsabilidade na matéria de segurança estão a se esforçar para dar aos cabo-verdianos, acima de tudo nos maiores centros urbanos, uma maior tranquilidade no dia-a-dia.
Esta posição da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID-oposição) foi manifestada pela deputada Dora Pires no arranque do debate sobre a segurança com o ministro da Administração Interna, Paulo Rocha.
“Debater a segurança é debater o desenvolvimento, é debater a qualidade de vida dos cidadãos. Um país, uma ilha, uma cidade, uma capital, um bairro, uma ilha, que não ofereça a tranquilidade, o sentimento de segurança, a confiança aos seus cidadãos perde a sua credibilidade e coloca em xeque o bem-estar das famílias”, disse.
Para Dora Pires, o que se está a assistir nos últimos tempos, acima de tudo na cidade capital, interpela a todos enquanto políticos e cidadãos sobre a forma como se pode debelar este flagelo que vai apoquentando uma parte significativa de cabo-verdianos e, consequentemente, reduzindo o espaço de lazer e convivência que por norma era considerada um “modus vivendi” das famílias cabo-verdianas.
Prosseguindo, a parlamentar frisou que a UCID entende que os serviços competentes com a responsabilidade na matéria estão a esforçar-se para dar aos cabo-verdianos, acima de tudo nos maiores centros urbanos, uma maior tranquilidade no dia a dia.
“Consideramos que os profissionais da polícia de uma forma geral estão muito engajados no combate ao crime quer a nível das chefias quer ainda ao nível dos operacionais. Não queremos atribuir nenhuma responsabilidade directa a esta corporação até porque pelo que atrás ficou dito reconhecemos o empenho dos mesmos. Mas a motivação, mais meios materiais e recursos humanos são necessários”, completou.
No entanto, disse que a população “não está satisfeita”, sentindo-se “intranquila, com medo, confinados a quatro paredes, com casas gradeadas, prejudicando assim o normal andamento da vida no dia a dia”.
“Queremos com este debate entender os meandros que despoletaram esta insegurança e o sentimento de insegurança vivido pelos cabo-verdianos. Queremos com este debate encontrar as possíveis soluções que não sendo resultado imediato, possam nos levar a um futuro próximo a vivermos na normalidade nos bairros, nas cidades, na capital, nas ilhas e no país”, afirmou.
Segundo defendeu Dora Pires, o emprego como resultado do crescimento económico poderá ser uma saída, assim como o controlo do tráfico de droga e recolhas das armas nas mãos dos grupos e na população.
“A valorização de todos os cidadãos nacionais e dos que escolheram viver nestas ilhas, independentemente do seu grau académico, religião, cor da pele, partido político e status social, também, poderá ser uma outra saída. A formação profissional e a retoma da educação oficial serão outras alternativas”, acrescentou.
Concluindo, Dora Pires defendeu que a competente utilização dos serviços de inteligência trará ganhos ao combate à insegurança e que a adequação da legislação à nova realidade, poderá também ajudar.
GSF/ZS
Inforpress/Fim