Parlamento: MpD enaltece redução da criminalidade no país e diz que foi fruto de políticas e medidas do Governo

Cidade da Praia, 14 Mar (Inforpress) –  O Movimento para a Democracia (MPD, poder) enalteceu hoje em declaração política no parlamento, a redução da criminalidade no país, realçando que foi fruto de políticas e medidas de segurança implementadas pelo Ministério da Administração Interna.

A deputada Celita Annie Pereira, a quem coube fazer a declaração política do MpD, afirmou que vários compromissos estão assumidos pelo Governo na área da segurança, realçando se tratar de uma segurança focada no homem, na fiscalização e controlo do espaço marítimo, na participação em sistemas internacionais de combate ao tráfico internacional de droga e arma, e seres humanos que mostra um novo paradigma no combate ao crime.

Segundo a eleita do MpD, o Governo tem dado tolerância zero para com a criminalidade, a força policial tem primado por uma intervenção de proximidade preventiva, há uma reacção policial e penal mais eficaz e célere, observa-se uma reedificação do papel do Estado em matéria de segurança e a cooperação no plano internacional tem sido crescente.

Esses e outras medidas, conforme Celita Annie Pereira, fizeram com que a criminalidade no geral recuasse para dados anteriores ao ano de 2005, registando uma diminuição na ordem os 18,5 por cento (%).

“Com menos 4.127 ocorrências a nível nacional, nunca antes se verificou uma diminuição tão acentuada e progressiva se tivermos em conta os dados de 2016, 2017, e 2018. Os homicídios recuaram 2,6 % a nível nacional, com menos uma ocorrência em relação a 2017, menos 24% na Cidade da Praia, com menos 4 ocorrências e menos 32 % na ilha de Santiago com menos 9 ocorrências”, enumerou.

A deputada do MpD lembrou que os crimes contra as pessoas recuaram para dados registados em 1997 e os contra o património recuaram para dados registados em 2013 e que ainda os dados da Violência Baseada no Género (VBG) e diminuíram a nível nacional.

Reagindo à essa intervenção, o deputado do Partido Africando da Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição), João do Cramo disse que os sucessivos governos têm feito muitos investimentos nesta matéria, a nível dos recursos humanos, a nível dos meios de mobilidade, da comunicação, e a nível de parcerias com os países.

Mas, conforme o mesmo está-se num momento em que “o Governo tenta manipular dados para enganar os cabo-verdianos que já resolveu o problema da criminalidade em Cabo Verde”. A título de exemplo citou uma reportagem da RCV que dava conta de que a Polícia Judiciária em São Vicente ao invés de registar os crimes de roubos de telemóveis “manda as pessoas procurarem a CV Telecom” alegando que “a PJ não tem nada a ver se não houver agressão”.

“É uma prática que está a acontecer agora para que haja a redução da estatística. É um dado público que é um trabalho de um repórter da RCV que mostra exactamente aquilo que temos reclamado nesta casa, da tentativa de manipulação deste Governo”, contestou o deputado do maior partido da oposição para quem “não se pode mexer nem brincar com um sector fundamental e sensível” como a segurança.

As declarações do deputado do PAICV levaram o eleito do MpD, João Gomes, a considerar que Cabo Verde e os cabo-verdianos enfrentam um dilema. Isto porque, segundo o mesmo, a oposição “inventa problemas perante as boas respostas” que o Governo dá aos problemas que que vieram dos governos do PAICV. “Ter menos ocorrências, menos criminalidade em Cabo Verde é motivo de orgulho. Não pode ser motivo e dor de cotovelo”, replicou João Gomes.

Por sua vez o deputado da União Cabo-Verdiana Independente e Democrática (UCID), António Monteiro disse que os dados estatísticos apontam para uma melhoria da situação em termos de segurança. No entanto, defendeu que ainda é preciso fazer muito mais porque os assaltos ainda persistem principalmente aos turistas.

Neste particular o deputado e presidente da UCID trouxe à liça um caso de assalto a dois turistas italianos que ficaram sem poder regressar ao país e de roubos na sua própria residência em São Vicente, um dos quais em que a polícia recusou a receber a queixa porque o seu familiar não soube identificar o assaltante.

“Passou-se comigo na minha casa e nestes últimos tempos fui assaltado quatro vezes”, disse António Monteiro.

CD /FP

Inforpress/Fim

Facebook
Twitter
  • Galeria de Fotos