Cidade da Praia, 17 Mai (Inforpress) – O ministro Fernando Elísio Freire e a deputada do PAICV (oposição), Ana Paula Santos, condenaram hoje, no Parlamento, o acto de vandalismo ocorrido na escola de Pedra de Lume, na ilha do Sal, e pediram uma solução para a situação.
A deputada do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV – oposição) Ana Paula Santos, lembrando a importância que Pedra Lume desempenhou outrora, criticou o vandalismo ocorrido hoje na escola Ildo Lobo, em Pedra de Lume, em que foram arrancadas as portas e as janelas desse estabelecimento.
A eleita do PAICV também se insurgiu-se contra a “incerteza” que se vive entre a população residente nessa zona e a Turinvest Holding, referente “à existência ou não do direito de propriedade, que perdura muito tempo e tem perpassado todos os Governos da República e quase todas as câmaras municipais do Sal”.
A mesma deputada incitou o Governo, através do departamento competente, a criar uma equipa multidisciplinar, integrada por representantes do património do Estado, da Câmara Municipal do Sal e do Instituto de Gestão do Território (INGT) para que, com um mandato bem determinado, possa “trazer à luz do dia uma solução definitiva para esta localidade”.
Em resposta, o ministro dos Assuntos Parlamentares e da Presidência do Conselho de Ministros, Fernando Elísio Freire, condenou “em nome do Governo” a vandalização que se fez na escola em apreço, pedindo investigação para que se possa punir os autores. O governante também defendeu que deve ser resolvida a situação sobre o direito de propriedade naquela zona.
“A situação deve ser resolvida. A Câmara Municipal do Sal está a trabalhar numa solução e já há acordo para se ter uma solução óptima que vá ao encontro dos interesses da população de Pedra de Lume, dos interesses da ilha do Sal e dos interesses de cabo Verde”, justificou o governante dizendo que condena veementemente o acto de vandalismo ocorrido na escola Ildo Lobo.
A escola de Pedra de Lume foi mais uma vez vandalizada esta sexta-feira, depois em Maio de 2012 ter sido alvo da mesma prática, quando ainda estava em funcionamento. Na ocasião, os meliantes levaram géneros alimentícios oferecidos pela Fundação Cabo-verdiana de Acção Social Escolar (FICASE), fogão material informático e de som.
Em 2016 a escola foi encerrada por decisão do Ministério da Educação que alegou falta de condições da estrutura e decidiu pela transferência dos alunos para outras escolas na cidade de Espargos.
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