PAICV exige “mercado aberto e concorrencial” no domínio das telecomunicações (c/áudio)

Cidade da Praia, 25 Jul (Inforpress) – O Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV-oposição) exigiu hoje que o Governo ponha fim o “monopólio de facto” da CVTelecom para que exista um “mercado aberto e concorrencial” no domínio das telecomunicações.

Segundo o secretário-geral (SG) do PAICV, na noite do dia 11 de Julho, os cabo-verdianos “foram apanhados de surpresa por um ‘blackout’ geral dos serviços de telecomunicações, que alcançou todo o território nacional”.

Julião Varela fez essas considerações em conferência de imprensa em que o maior partido na oposição reagiu ao que considerou de “descaso” por parte do Governo, enquanto “representante do Estado accionista” que ainda “não disse uma só palavra” em relação ao incêndio registado na CVTelecom.

“Um silêncio que atesta uma completa banalização do apagão”, comentou o dirigente do partido da estrela negra, acrescentando que esta situação demonstra a “indiferença” das autoridades para com os cidadãos e em relação aos prejuízos causados pelo incêndio.

Para o PAICV, a atitude do Governo demonstra não só “uma falta de responsabilidade”, como também uma “manifesta incompreensão da dimensão estratégica das telecomunicações para o desenvolvimento do país”.

“A frieza e a indiferença políticas deste Governo, em relação ao apagão das telecomunicações, deixam a impressão que este é um negócio privado que foi circunstancialmente interrompido e que pode ser retomado a qualquer hora”, acusou o dirigente da oposição, para quem o executivo de Ulisses Correia e Silva  revelou uma “completa insensibilidade estratégica em relação à importância das telecomunicações”.

Referindo-se, ainda, ao incêndio da noite de 11 de Julho,  o porta-voz do PAICV  afiançou que houve “apagão das telecomunicações e não da Cabo Verde Telecom”.

“Das telecomunicações, porque todas as operadoras foram afectadas”, justificou Julião Varela, acrescentando que, ironicamente,  a CVTelecom comunicou ao País que a Unitel T+ “iria assegurar alguns serviços como se esta fosse a sua ‘backup’”.

“E o regulador, onde tem estado?” perguntou o responsável do PAICV, que sugere que a entidade reguladora “devia conhecer, avaliar e requerer certificações de qualidade e de continuidade de serviços às operadoras”.

LC/HF

Inforpress/Fim

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