Cidade da Praia, 15 Set (Inforpress) – O PAICV exigiu hoje ao Governo a “imediata nomeação dos 132 agentes da Polícia Nacional formados há mais de seis meses” como medida para solucionar a insegurança pública “que grassa no País e diminuir o número de desempregados”.
O deputado nacional e membro do Conselho Nacional do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição), Manuel Brito, referiu que o orçamento para suportar as despesas para reforçar a corporação está em vigor desde Janeiro de 2023.
Por esta razão afirmou estar perante “mais uma prova da ineficiência do Governo” em matéria de segurança.
Manuel Brito, que manifestou esta inquietação em conferência de imprensa, acusou o Governo de “grande insensibilidade para com essas pessoas que seguiram para a carreira policial”, enquanto o País “dia sim, dia não, é acordado com notícias de assaltos, crimes, assassinatos, causando um clima de medo e intranquilidade”.
Disse que trabalhadores, particularmente, os do serviço doméstico, do comércio, da construção civil evitam circular a partir de determinadas horas com medo de serem assaltados, porquanto a “liberdade de circulação só beneficia os assaltantes que deambulam livremente à procura de oportunidades para assaltar e dar ‘caçubody’”.
Brito declarou que Cabo Verde depara-se actualmente com uma variedade de crime que vão desde assalto à mão armada em bancos, gasolineiras, autocarros, casas comerciais, com mortes, sem que sejam descobertos os assassinos e que não obstante o “forte apelo da sociedade civil os cabo-verdianos são confrontados com a passividade do Governo”.
A Polícia Nacional, denunciou por outro lado, está desprovida de meios humanos e materiais, como viaturas insuficientes que condicionem determinadas missões, tendo sublinhado que o descaso da situação neste momento deve-se à negligência da Administração e do Governo que deixa em casa os 132 novos agentes formados (34 mulheres e 98 homens).
“Pedimos aumento de viaturas e meios de comunicação e a proposta tem sido muito insuficiente em relação às reais necessidades. As condições de trabalho dos agentes da Polícia Nacional são muito precárias, carga horária excessiva, ausência do descanso semanal, tudo porque há insuficiência de recursos humanos”, acusou.
Manuel Brito criticou o Governo que, asseverou, “responde sempre com números, com estatísticas, negando a dura realidade que os cabo-verdianos vivem e enfrentam no dia-a-dia” e as propostas apresentadas pelo maior partido da oposição para pôr cobro à situação”.
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