Olavo Correia diz que despesas do Governo representam “apenas 5%” das despesas totais da Administração do Estado

Cidade da Praia, 02 Dez (Inforpress) – O vice-primeiro-ministro, Olavo Correia disse hoje que as despesas do Governo representam “apenas 5%” das despesas da Administração do Estado e recusou a ideia de “Governo gordo”, salientando que o mesmo não deve ser avaliado apenas pelos custos.

Olavo Correia, que falava em conferência de imprensa durante a qual, referindo-se às propostas dos partidos da oposição, que apontam a diminuição do número de membros do Governo como uma das formas para reduzir as despesas do Estado, afirmou que as pessoas pensam que os membros do Governo “ganham muito, quando não corresponde à verdade”.

“O primeiro-ministro de Cabo Verde ganha em termos brutos 264 mil escudos e os ministros e os secretários de Estado em média ganham 245 mil escudos incluindo o salário nominal e os subsídios de renda de casa e comunicação”, revelolu.

Portanto, continuou, “qualquer narrativa que os membros do Governo estão a aproveitar-se de despesas públicas, da máquina pública e dos recursos públicos para outros objectivos é uma narrativa falsa demagógica e populista”, esclareceu o também ministro das Finanças.

Ademais, acrescentou, não se pode falar do Governo olhando apenas para os custos, devendo a avaliação do executivo partir de uma perspectiva de custos e benefícios.

“Falar o Governo e olhar apenas para os custos e isto é para os alunos de quarta classe. Eu posso gastar pouco e não ter nenhum resultado e esse custo que aparentemente é baixo significa desperdício total. Aquilo que está em causa é quais são os resultados da governação”, disse, adiantando que os resultados têm sido “altamente positivos e reconhecidos” pelas entidades nacionais e internacionais

Outro dado avançado pelo vice-primeiro-ministro são as viagens, tendo adiantando que as dos membros do Governo representam um total de 11 a 12% do total das viagens.

Olavo Correia sublinhou que o Estado, enquanto instituição tem de viajar, existindo também a necessidade de viagens por parte de dirigentes e vários grupos profissionais, nomeadamente médicos e policiais, por forma a que o Estado possa prestar melhores serviços aos cidadãos.

“Por causa disso, há o valor para as viagens que em relação a 2019 regista uma redução substancial. É claro que agora com a retoma da economia e com normalização da actividade do Estado as viagens tiveram de aumentar em relação a 2022, mas um aumento que é suportável e que é justificável pela dimensão dos desafios com os quais estamos confortados”, argumentou.

Adiantou ainda que em relação às viagens vai-se garantir as condições já no quadro legal para que tudo se faça em regra na classe económica com duração até 04:30 horas, mesmo para os membros do Governo.

A marcação antecipada, a utilização dos meios electrónicos de pagamentos online são outras medidas para reduzir os custos, para além da reformulação a nível das viagens utilizando as embaixadas, permitindo que as viagens sejam as mínimas possíveis para o cabal cumprimento das responsabilidades de toda administração pública.

O controlo no uso das viaturas do Estado, cujo decreto-lei aguarda a publicação para entrar em vigor, é uma outra medida que cuja introdução, nas palavras do governante, visa uma perspectiva de moralização reforçada na utilização dos recursos públicos.

MJB/AA

Inforpress/Fim

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