Nova carta do Orlando Dias defende aprovação da legislação para punir nepotismo e amiguismo

Cidade da Praia, 06 Jan (Inforpress) – O candidato a presidente do Movimento para a Democracia (MpD, poder), Orlando Dias, apresentou hoje, na Cidade da Praia uma nova carta em que defende a aprovação de legislação para punir “severamente” nepotismo e amiguismo.

Na missiva, a mesma fonte dá conta da necessidade de se reduzir o número de deputados à Assembleia Nacional.

“É fundamental aprovar legislação para punir severamente o nepotismo, o clientelismo, o amiguismo e o compadrio na administração do Estado e nas empresas públicas, como uma das formas de reduzir as acentuadas desigualdades sociais que ainda persistem na sociedade cabo-verdiana”, concretizou o político, actual deputado do MpD.

Para além deste posicionamento em relação à contenção das despesas, através da redução da máquina pública, das viaturas do Estado e dos gastos em combustíveis, Orlando Dias defende a limitação dos mandatos do primeiro-ministro para dois mandatos de cinco anos, e dos presidentes das câmaras municipais para três mandatos de quatro anos, por serem cargos executivos.

Avançou ainda que as bases do MpD devem ser reorganizadas para poderem funcionar “adequadamente” e organizar debates regulares nas suas respectivas circunscrições.

“É preciso pôr fim ao abandono a que as bases do MpD estão sendo submetidas pela atual liderança do Partido, excetuando nos períodos eleitorais. É em defesa destes princípios que me candidato”, declarou Orlando Dias.

“A minha candidatura vem na sequência de um processo interno complexo, que decorre de uma estratégia de poder com condicionamentos à liberdade de opinião, à extinção do debate interno e à imposição, de facto, do pensamento único”, concretizou.

O mesmo propôs ainda uma “profunda revisão” estatutária que traga “mais democracia” ao partido, que “privilegie o debate de ideias e retome a estrutura organizacional do MpD original”.

Ressalvou, igualmente, a necessidade de dar voz aos militantes, que é ainda preciso abrir o partido ao debate interno, de forma “direta e franca, sem controlos nem atropelos” à liberdade.

“A actual liderança do MpD tem dado primazia a questões marginais de índole pessoal dentro do partido, contribuindo para a redução do protagonismo e da dinâmica da organização, através do empobrecimento do diálogo interno e, consequentemente, com a sociedade”, acusou o candidato.

Daí que, reconheceu, o MpD tem que voltar a ser um partido “verdadeiramente democrático”, em conformidade com a sua origem, essência e objetivos, os quais se baseiam “na democracia, liberdade, desenvolvimento, justiça social e defesa intransigente da dignidade da pessoa humana, principal beneficiária de todo o esforço de desenvolvimento”.

TC/AA

Inforpress/Fim

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