Museu Etnográfico acolhe exposição temporária “Brinquedos, brincadeiras e jogos tradicionais de outrora”

Cidade da Praia, 23 Dez (Inforpress) – O Museu Etnográfico acolhe, a partir de hoje, a exposição temporária “Brinquedos, brincadeiras e jogos tradicionais de outrora”, que tem por objectivo salvaguardar para a revitalização da memória colectiva e o conhecimento das presentes e futuras gerações.

Segundo a coordenadora do Museu Etnográfico da Praia, Aleida Aguiar, a exposição enquadra-se no âmbito da rotatividade dos conteúdos do museu e pretende resgatar e valorizar a prática dos jogos tradicionais enquanto parte do património lúdico que reflectem tradições culturais e vivências de Cabo Verde.

“A exposição vem resgatar um pouco daquilo que é o nosso património lúdico, mostrar aos jovens como se brincava antigamente, com o pouco que tinha. Mostrar como valorizar aquilo que é o nosso património”, explicou.

A exposição “Brinquedos, brincadeiras e jogos tradicionais de outrora”, segundo a coordenadora do Museu Etnográfico, é um encontro de dois extremos que são os pilares da sociedade cabo-verdiana.

“Vamos ter hoje o encontro dos dois extremos, os idosos e as crianças, promovendo assim uma dinâmica entre essas duas gerações que são os pilares da nossa sociedade. Os idosos vão ensinar como se faziam os brinquedos e como brincar com eles.”

A exposição resgata as antigas brincadeiras tradicionais de Cabo Verde como carro de lata, bonecas de pano, jogos de carambola, oril e cartas, bem como amalha e bola de meia.

Lucas, uma das crianças que estiveram na abertura da exposição, confessou que prefere as brincadeiras tradicionais, mesmo não conhecendo todos.

“Prefiro essas brincadeiras. Sei jogar cartas, oril, e jogar pião só não sei jogar amalhas e fazer carros de lata, mas já brinquei com carros de lata”, conta.

Dona Jacinta, uma idosa, lamentou o facto de as crianças preferirem as novas tecnologias, e lembrou emocionada como eram as brincadeiras de antigamente.

“Antigamente, não tínhamos tempo para brincar. Nós fazíamos os nossos próprios brinquedos com barro, resto de tecido velho e lata. Hoje as crianças não têm paciência para fazer essas coisas, preferem ver televisão ou estar no Facebook”, disse.

A exposição proporciona momentos de interacção e trocas de vivências entre duas gerações, crianças e idosos, e está aberta ao público por um período de três meses.

ES/ZS

Inforpress/Fim.

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