Município do Porto Novo já tem seu plano de contingência de incêndios florestais

Porto Novo, 15 Jun (Inforpress) – O município do Porto Novo já tem o seu plano de contingência de incêndios florestais, instrumento já socializado entre os diversos parceiros e que tem como propósito “combater as ameaças de incêndios” nas zonas florestais.

O plano de contingência de incêndios do município do Porto Novo, já aprovado pelos serviços de protecção civil, destaca, além de prevenir os incêndios, ainda a proteção das zonas florestais e garantir a segurança das pessoas e bens nas zonas florestais.

O plano, a que a Inforpress teve acesso, incide ainda na sensibilização dos camponeses e das populações em geral no sentido de manterem os terrenos limpos e evitarem queimadas neste período do ano.

Dados oficiais demonstram que grande parte dos incêndios florestais em Cabo Verde advém de fogo posto.

No caso de Santo Antão, continua ainda presente na mente das pessoas o incêndio de grandes proporções que destruiu, em 2018, um terço do perímetro florestal do Planalto Leste (cerca de 200 hectares), o qual teve origem em fogo posto.

A Fundação Fundamental, com sede em Santo Antão, tem alertado para “o aumento considerável de incêndios florestais nos últimos anos” nesta ilha, situação que, a seu ver, preocupa as instituições locais e os santantonenses, no geral.

Saliente-se que ocorreu, sábado, 11, na Costa Leste de Santo Antão um incêndio que, segundo os serviços da protecção civil, terá sido provocado por queimadas no âmbito de preparação de terrenos para o período das águas, que se aproxima.

O Ministério da Agricultura e Ambiente tem apelado aos camponeses para evitarem queimadas em terrenos agrícolas, exortando a classe a cuidar do solo.

Este ministério explica que a queima da vegetação, uma prática utilizada “há milhares de anos”, é “infelizmente ainda bastante usada por grande parte dos produtores rurais em Cabo Verde”

“No solo vivem milhões de animais muito pequenos (organismos do solo), que dão vida à terra. As cinzas resultantes do fogo também dificultam a infiltração da água nas áreas onde ficam depositadas, provocando a erosão”, explica a mesma fonte, numa altura em que os camponeses começam a recorrer às queimadas na preparação do ano agrícola.

Em Santo Antão, muitos agricultores ainda usam esta prática, que já esteve na origem de incêndios em zonas de cultivo.

JM/CP

Inforpress/Fim

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