MpD classifica de “falacioso” o discurso do PAICV ao acusar o Governo de utilizar “Casa para Todos” para fins eleitorais

Cidade da Praia, 18 Jan (Inforpress) – A secretária-geral do MpD (poder) classificou hoje de “falacioso” o discurso do PAICV, que acusa o Governo de utilizar o programa “Casa para Todos” para fins eleitorais.

Na passada quarta-feira, 15, o Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) acusou o Movimento para a Democracia (MpD) de beneficiar do programa “Casa para Todos”, para fazer campanhas eleitorais, qualificando esta atitude de “lamentável” e “indecoroso”.

Na ocasião, a secretária-geral-adjunta, Paula Moeda acusou o MpD de estar a “destruir” o programa “Casa para Todos”.

Em conferência de imprensa hoje, na cidade da Praia, para refutar tais acusações, Filomena Delgado, garantiu que o MpD assume a habitação como um desafio permanente e um dos pilares fundamentais da política social do Governo liderado por Ulisses Correia e Silva.

“O maior partido da oposição não se conforma com as medidas em curso, que visam, de forma justa e sustentada, garantir maior acesso à habitação condigna por parte dos cabo-verdianos de todas as ilhas e de todos os estratos sociais”, apontou.

Para a dirigente do partido que sustenta o Governo, o PAICV apostou a sua política de habitação neste programa, que, segundo Filomena Delgado, teve impacto “nefasto” na dívida pública de Cabo Verde.

“É nosso entendimento que este programa não cumpriu a missão pela qual foi criado. Assim não entendemos a recente conferência de imprensa do PAICV, que visa tão-somente trazer dificuldades, confusão e barulho, em processos que visam beneficiar as famílias cabo-verdianas”, notou a dirigente, sublinhando que o programa Casa para Todos foi “mal planeado, mal montado e mal-executado”.

Como prova disso, Filomena Delgado apontou que quando o actual Governo tomou posse, em 2016, apenas 41 por cento (%) das obras estavam prontas e com apenas 2.412 moradias em condições de habitualidade exigidas.

Acrescentou que 20 obras estavam paralisadas devido ao incumprimento com os empreiteiros e fiscalização, sendo que o pedido de indemnização ascendia aos 1.879.750.039 de escudos, os juros de mora a 92.654.762 escudos e os custos extra de aproximadamente 68 mil contos.

“A Imobiliária Fundiária e Habitat (IFH) já não tinha condições de cumprir com os seus compromissos financeiros, com prejuízo na gestão e acompanhamento das obras”, ajuntou a secretária-geral do MpD.

Para concluir, Filomena Delgado apelou o Governo a prosseguir com as suas mediadas “estruturantes” no sector da habitação, “conducentes à redução do défice e necessidades habitacionais”.

OM/ZS

Inforpress/Fim

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