Ministro José Gonçalves defende um segmento de turismo diferente para a Ilha do Maio

Porto Inglês, 29 Mai (Inforpress) – O ministro do Turismo, José Gonçalves defendeu hoje que a ilha do Maio necessita de um segmento diferente para a área do turismo, durante um encontro de alto nível sobre o desenvolvimento do turismo.

Segundo José Gonçalves, que falava no acto de abertura oficial do encontro, o Governo, a Câmara Municipal do Maio e outros parceiros estratégicos fundamentais para o desenvolvimento “estão determinados” em criar bases e pressupostos objectivos, “seguros e sustentáveis”, para que se possa “construir e consolidar” um turismo de “alto poder aquisitivo” e que procure mostrar outras singularidades turísticas desta ilha, para além dos “activos, sol, praia e mar”.

O também titular das pastas dos Transportes e da Economia Marítima frisou que para ilha do Maio pretende-se criar um segmento de turismo “diferente e planeado”, a fim de não se cometer os mesmos erros que ocorreram nas ilhas do Sal e da Boa Vista.

Para tal admitiu que é preciso a elaboração de um “master plan” do turismo para a ilha e tomar algumas decisões, das quais mencionou a reabilitação do actual porto.

Neste particular, o ministro informou que o Governo aguarda pela decisão final do conselho de administração da entidade financiadora, neste caso o Banco Africano de Desenvolvimento, que estará reunido no próximo mês de Junho, altura em que vai decidir o financiamento solicitado pelo Governo central para este projecto “muito aguardado” pelos maienses.

“Queremos também durante este encontro discutir que tipo de aeroporto para ilha do Maio, porque se se fizer um aeroporto com as dimensões da ilha da Boa Vista é preciso saber qual vai ser o impacto, desde saneamento, água e energia, portanto tudo isto devem ser questões importantes a serem analisadas”, frisou o governante.

Por seu lado, o presidente da Câmara Municipal do Maio, Miguel Rosa, considerou ser necessário preparar e formar a população, porque, conforme admitiu, “é preciso que os maienses estejam conscientes dos investimentos” que possam vir para a ilha, mas, acima de tudo, que tenham a consciência de que é preciso preservar a questão ambiental e cultural, entre outras.

Miguel Rosa admitiu ainda que “é urgente” a reabilitação do actual porto, para que a ilha possa vir a receber navios no sistema “roll on-roll off” e uma ligação aérea “mais eficaz e frequente” para se poder atingir o “tão almejado” desenvolvimento turístico.

“A nossa ambição é que daqui a três anos, possamos ter um desenvolvimento de referência e que possamos ser uma referência no conjunto das ilhas, não no sentido competitivo, mas sim para contribuirmos para o desenvolvimento do país, porque temos condições para isso”, conclui.

WN/AA

Inforpress/Fim

 

 

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