Ministro de Estado recebe missão técnica da CEDEAO para o empoderamento da mulher (c/áudio)

Cidade da Praia, 26 Nov (Inforpress) –  O ministro da Presidência do Conselho de Ministros recebeu hoje uma missão técnica da CEDEAO que está a acompanhar o processo de instalação da denominada equipa-país sobre o projecto “50 milhões de mulheres têm a palavra” (50 MWSP).

À saída do encontro com Fernando Elísio Freire, a presidente do Instituto Cabo-verdiano para a Igualdade e Equidade de Género (ICIEG), Rosana Almeida, disse à imprensa que se pretende um “engajamento de todos”, com vista a uma “articulação perfeita” para que o referido projecto resulte.

Segundo aquela responsável, se o resultado for positivo, Cabo Verde estará a dar uma “resposta clara” às mulheres no sentido de se ‘empoderarem’.

A partir desta quarta-feira, prossegue a presidente do ICIEG, a equipa nacional ligada ao aludido projecto começará a ser apresentada para até Janeiro se começar a trabalhar com a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental em ordem à montagem da plataforma.

“Depois, temos um ano para começarmos a impactar e pôr mulheres cabo-verdianas a acederem a mercados internacionais em várias áreas, nomeadamente turismo, negócios e, sobretudo instituições financeiras”, indicou Rosana Almeida.

De acordo com a presidente do ICIEG, há estudo a revelar que as mulheres denominam o sector informal dos negócios, mas que quando o assunto é liderança são os homens a aparecer.

“É hora de revertermos este cenário, porque temos mulheres, sobretudo em Cabo Verde, que já deram provas e são reconhecidas a nível de montagem dos seus negócios”, sublinhou, citando estudos das Nações Unidas que indicam que as mulheres, quando estão na liderança de instituições financeiras, dão resposta da melhor forma.

Na sua perspectiva, o projecto, que em termos financeiros corresponde a 9,8 milhões de dólares, é uma oportunidade para as mulheres saírem da informalidade e estarem em contacto com outras colegas da CEDEAO, e criarem empresas tecnicamente bem montadas e acederem a um “mercado vasto” como o da comunidade sub-região da África Ocidental.

Perguntada como operacionalizar negócios a nível da CEDEAO, já a comunicação é dos principais obstáculos, esclareceu que não se vai precisar de transportes para as mulheres montarem suas empresas.

“Isto é através de uma plataforma tecnológica que vai fazer com que as mulheres se comuniquem, a partir de um telemóvel”, explicou.

LC/CP

Inforpress/Fim

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