Ministro da Saúde diz que não há razões para alargamento de suspensão de voos a outros países

Cidade da Praia, 06 Mar (Inforpress) – O ministro da Saúde, Arlindo do Rosário, disse hoje que não há razões para alargamento da medida de suspensão de voos com outros países, a semelhança do aconteceu com a Itália, um dos países mais afectados pela doença.

O ministro falava em conferência de imprensa para dar a conhecer o resultado negativo do teste realizada ao único caso suspeito registado em Cabo Verde, quando questionado sobre essa possibilidade.

Alindo do Rosário explicou que a suspensão dos voos para Itália, por um período de três semanas, foi tomada porque os turistas italianos que vêm para Cabo Verde partem da zona do epicentro da epidemia.

“A própria Itália fez em relação a outras províncias italianas. Portanto houve também interdição de voos domésticos. Mas temos de ponderar vários factores, nomeadamente a circulação, porque nós também precisamos circular. Nós devemos ter uma ponderação e ir acompanhando aquilo que a própria OMS recomenda nessas situações”, explicou.

“Portanto não há, neste momento, pelo menos não se prevê o alargamento dessa medida para outros países, mas é um questão que não esta fechada e vai depender da evolução da situação a nível mundial e da análise dos vários factores que podem estar implicados nessa necessidade”, acrescentou.

O novo coronavírus já atingiu sete países africanos, designadamente Argélia, Senegal, Egito, Nigéria, Marrocos, Tunísia e África do Sul.

Dado às proximidades e ligações entre Cabo Verde e Senegal o titular da pasta da saúde, adianta que as autoridades sanitárias cabo-verdianas estão em contacto permanente com as autoridades senegalesas e com todos ministros da saúde oeste africano estando em preparação um plano de contenção regional.

A nível nacional reafirmou que medidas importantes vêm sendo tomadas pelo Governo para fazer face à epidemia, nomeadamente na alocação de recursos financeiros, humanos e materiais.

Neste particular lembrou que 77 mil contos foram mobilizados do orçamento dos vários ministérios para fazer face à epidemia, estando já contratados cerca de 100 profissionais de saúde para reforçar as equipas sanitárias de vigilância aeroportuárias, mas também para trabalhar nos espaços destinados ao isolamento dos doentes nos hospitais e centros de saúde.

O número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus em todo o mundo aumentou para 98.123, das quais morreram 3.385, segundo um balanço feito pela agência noticiosa France Presse (AFP), com dados actualizados às 09:00 de hoje.

Depois da China, o país mais afectado pela epidemia, surgem a Coreia do Sul (6.284 casos, incluindo 196 novos, 42 mortes), Itália (3.858 casos, 148 mortes), Irão (3.513 casos, 107 mortes) e França (423 casos, incluindo 46 novos, sete óbitos).

MJB/AA

Inforpress/Fim

Facebook
Twitter
  • Galeria de Fotos