Cidade da Praia, 27 Jun (Inforpress) – O ministro da Economia e Emprego, José Gonçalves, considerou hoje de “especulação” a informação posta a circular nas redes sociais relativamente a uma suposta negociação entre o Governo e a companhia Icelandair para a privatização da TACV.
Em declarações à imprensa disse que, também, tomou conhecimento dessa negociação, hoje, através das redes sociais, desta “engenharia”, referente a empresa que o Governo está à procura de uma “solução”.
“Para mim foi uma surpresa saber que a TACV já foi privatizada e tudo mais. Isso não passa de uma especulação. Estamos à procura de uma solução para a empresa. Já temos uma solução a nível dos transportes domésticos, mas para os transportes internacionais estamos a trabalhar”, declarou o governante.
Segundo José Gonçalves, o Governo encontra-se a trabalhar não só para resolver o problema da companhia TACV, mas também para criar um novo negocio, que é o hub aéreo em Cabo Verde, em que a transportadora de bandeira terá um “papel fundamental”, assim como a ASA.
O governante não confirma a existência de delegação da Icelandair no país, mas também, não desmente nenhuma negociação nesse sentido, avançando que qualquer negociação nessa matéria necessita de um decreto-lei aprovado no Conselho de Ministros e a promulgação do Presidente da República.
“Para se falar em privatização tem de haver uma lei que indica qual a parte que irá para os trabalhadores, parceiro estratégico, emigrantes e outros. O Governo está empenhado para uma melhor solução para os TACV”, explicou.
No entanto, sublinha, por se tratar de uma matéria de “extrema complexidade” ela deve ser tratada com “muito sigilo”.
A notícia sobre um acordo que teria sido assinado entre o Governo e operadora da Islândia, em Paris, está a circular nas redes sociais através do online Santiago Magazine, que dá conta que o novo parceiro estratégico deverá trazer quatro aeronaves Boeing para a TACV Internacional.
Ainda sobre o que se especula nesta matéria, a açoriana SATA fará parte do capital da TACV Internacional, mas com “menor peso”.
A Icelandair, informa a mesma fonte, vai investir em quatro aparelhos Boeing, dos quais três 757 e um 767, sendo que a base da nova companhia irá deslocar-se para a ilha do Sal, onde vai ser posto em prática o projecto do hub aéreo cabo-verdiano.
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