Cidade da Praia, 02 Nov (Inforpress) – O ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente, manifestou hoje o desejo da introdução do ensino de todas as artes no sistema curricular das escolas, apontando que já há uma negociação com o Ministério da Educação neste sentido.
“A negociação que estamos a desenvolver com o ministério é que nos próximos anos haja, na revisão curricular, a introdução do ensino de todas as artes nas escolas de Cabo Verde”, disse, indicando que o formato beneficiará as crianças que passarão menos tempo nas ruas e mais tempo nas escolas.
“Em toda a parte do mundo, o sistema de ensino que têm a artes no currículo demonstra que os alunos acabam por ter mais atenção, mais capacidade de aprendizagem, ou seja, não poder ser apenas como divertimento”, assinalou.
Abraão Vicente fez esta intervenção à imprensa, à margem da cerimónia de entrega de instrumentos musicais à escola de Música Mundo Novo, em Achada Eugénio Lima, na Cidade da Praia.
Na ocasião, referiu que o acto é a continuidade do programa Bolsa de Acesso à Cultura que, além do financiamento das propinas mensais, mediante a apresentação de relatórios, tem estado a fazer com várias escolas a nível nacional o reforço do programa através da entrega de equipamentos.
“Nas escolas de dança estamos a comprar e a entregar kits para dança, nas de construção de instrumentos, na tecelagem, trabalho de barro e outras técnicas tentamos sempre fazer o levantamento de kits que nós teremos que entregar para que as escolas continuem a trabalhar”, informou.
Por outro lado, advertiu que o Ministério da Cultura faz sempre a pedagogia da prestação de contas, porque a única forma das escolas consolidarem e serem instituições sérias é perceberem que o dinheiro que recebem tem que haver justificativas, por forma a continuar com o financiamento.
“Há todo um sistema que o programa Bolsa de Acesso à Cultura tenta manter exactamente para poder ter sustentabilidade, porque dá muitas alegrias e tem resultados concretos”, ressalvou.
Instado se o Orçamento do Estado para 2022 dará continuidade ao programa, o ministro respondeu afirmativo, atestando que, não obstante aos anos anteriores que houve, inclusive, uma redução de 500 contos, dá para manter o número de escolas e a regularidade das transferências do Tesouro para essas estruturas.
Contudo, frisou que todas as escolas são obrigadas a se formalizarem, ou em associações ou em unidades educativas, exactamente para se poder ter a relação com as Finanças, com os impostos e prestação de contas.
HR/CP
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