Ministro da Agricultura defende visão “holística” e “integrada” no planeamento de sectores de desenvolvimento

Cidade da Praia, 27 Set (Inforpress) – O ministro da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva, defendeu hoje a necessidade de uma visão “holística” e “integrada” no planeamento de todos os sectores de desenvolvimento e na promoção da resiliência do País.

O governante defendeu esta posição em declarações à imprensa, à margem do workshop nacional de Consulta Estratégica do Quadro de Programa País (CPP) FAO-Cabo Verde 2023-2027, realizado esta terça-feira, na Cidade da Praia.

“É necessário fazer uma reflexão profunda sobre o estado de andamento dos sectores em questão, sectores são objectos do planeamento porque não são sectores isolados, mas temos de ver a integração dessas actividades com outras actividades que não são propriamente do Ministério da Agricultura, mas que são essenciais para o desenvolvimento que pretendemos, por isso, há a necessidade de uma visão integrada e holística nas várias fases de planeamento”, declarou.

Para isso, defendeu Gilberto Silva, é preciso produzir mais e melhor, criar as condições para o País adaptar-se melhor às mudanças climáticas por forma a ter a capacidade de fazer frente aos choques externos e às dificuldades estruturais tendo em conta a localização geográfica do arquipélago.

“Temos de encontrar soluções que permitam que, não só esta, mas as próximas gerações possam viver mais e melhor num País que também tem bom potencial de desenvolvimento”, afirmou.

Asseverou, por outro lado, que o Governo tem estabelecido metas para a melhoria do sector da água, salientando Cabo Verde tem feito um percurso muito positivo neste sentido e vai ter de continuar a fazer investimentos nas várias áreas e apostar na redução das perdas físicas e comerciais.

Por seu turno, a representante da FAO em Cabo Verde, Ana Touza considerou que o novo ciclo de programação com Cabo Verde no período 2023-2027 irá ser implementado num período muito desafiante colocando assim muita pressão na área da agricultura, na área da alimentação e nutrição.

“Temos de ser cada vez mais estratégicos, engajar melhores recursos, ter um dialogo técnico e político com todos os parceiros na melhor coordenação e sobretudo a partir das experiências vividas nas crises que começaram com a covid-19, ser muito flexível tentar fazer ajustes programáticos quando for preciso”, disse.

Segundo esta responsável, a preparação da Consulta Estratégica do Quadro de Programa País (CPP) FAO-Cabo Verde 2023-2027, deste CPP será feito através de um processo de consulta participativa com todas as partes interessadas.

“Dentro do quadro estratégico das Nações Unidas, fizemos um planeamento que foi aprovado a semana passada a compensação total das Nações Unidas de 120 milhões de dólares, a FAO tem de definir bem os números, mas estaria por volta dos vinte cinco milhões de dólares para a FAO nos próximos cinco anos”, indicou.

Avançou, por outro lado, que no quadro estratégico, a FAO estabeleceu como prioridade trabalhar para um mundo sem fome, reconhecendo que esta missão não é fácil, mas que a FAO está comprometida em trabalhar com Cabo Verde na concretização das principais prioridades.

O Quadro de Programa do País (CPP) é o instrumento de planeamento e programação da FAO que traduz a Estratégia da Agência em acções alinhadas com as prioridades de Cabo Verde, contribuindo directamente para a Agenda 2030 e para os ODS a nível nacional.

O objectivo da consulta é incluir a visão dos principais actores de Cabo Verde no desenho da teoria da mudança do CPP para 2023-2027, que também deve fluir do Quadro de Programação das Nações Unidas com Cabo Verde e ser alinhado com as prioridades nacionais.

CM/HF

Inforpress/Fim

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