Ministra reconhece que verba destinada para sector da Saúde no OE 2024 “não irá responder todos os desafios”

Cidade da Praia, 09 Nov (Inforpress) – A ministra da Saúde reconheceu hoje que a verba destinada para o sector da Saúde no Orçamento de Estado para 2024 não vai dar respostas a todos os desafios do referido sector, que conforme lembrou, está em construção.

A governante fez estas declarações quando intervinha no debate parlamentar sobre o Orçamento de Estado para o ano económico 2024, na Assembleia Nacional, tendo iniciado a sua intervenção salientando que o Sistema Nacional de Saúde tem a registrar importantes avanços nos últimos anos e que a proposta de orçamento para o sector da saúde para o ano 2024 é de 9,6 milhões de contos.

Conforme realçou, a fatia do bolo do Orçamento de Estado do próximo ano para o referido sector está dividida para obras e projectos concretos, equipamentos médico-hospitalares e recursos humanos.

“Estou a fazer esta particularidade porque dos maiores activos que o sector da saúde tem são os recursos humanos. Se hoje nós temos os indicadores que temos é graças aos nossos briosos profissionais que, desde a existência deste país, trabalharam de uma forma árdua para que hoje possamos estar onde nós nos encontramos”, afirmou.

No quadro da referida proposta de orçamento, entre projectos concretos e obras, adiantou que estão previstas construções e reabilitações de estruturas em todas as ilhas, informando que a mesma proposta contempla verbas para a evacuação médica interna e externa.

Disse ainda que a proposta de orçamento tem a fatia prevista para a aposta nas novas tecnologias, adiantando que neste momento o Ministério da Saúde está a implementar o Sistema de Informação de Saúde, com foco na aposta nas novas tecnologias.

Indicou, de igual modo, que está prevista verba para capacitação e formação dos técnicos para atenção primária e prevenção de saúde, recrutamento de mais médicos, enfermeiros e de mais técnicos incluindo pessoal operacional.

“Também ao longo deste ano fizemos inúmeras regularizações de pendências e esta proposta de orçamento também prevê verbas para continuarmos a resolver as pendências. Dentro do pacote para recursos humanos, nós temos a previsão orçamental, que nos permitirá a entrada de cerca de 67 novos médicos para o sistema de saúde, cerca de 200 a 220 enfermeiros, 129 técnicos, 147 assistentes técnicos e virtual de apoio operacional”, apontou.

Reconheceu, por outro lado, a necessidade e se apostar em mais recursos humanos que, a seu ver, permitirá que haja uma maior e melhor gestão e acções de formação contínua e especializada.

Indicou, neste sentido, que para a formação contínua e especialização de pessoal de saúde, tem uma previsão de mais de 32 mil contos, acrescentando que está prevista a retoma das obras do Hospital de Trindade e a construção do centro de saúde de Santa Catarina do Fogo, de Ribeira das Patas, nos Picos, Calheta São Miguel, entre outros.

“Nós temos neste momento uma proposta de orçamento que aquilo que nos é possível não significa que vai dar resposta a todos os desafios que nós temos, mas estamos num sector em construção à semelhança do país”, concluiu.

CM/HF

Inforpress/Fim

Facebook
Twitter
  • Galeria de Fotos