Ministra da Justiça escusa-se pronunciar sobre o caso do colombiano Alex Saab Morán

Assomada, 19 Jun (Inforpress) – A ministra da Justiça escusou hoje a pronunciar-se sobre o caso do empresário colombiano Alex Saab Morán, acusado de branqueamento de capitais, tráfico de droga, entre outras infracções, cometidas nos Estados Unidos da América (EUA).

“Não pronuncio sobre este processo. Nunca pronunciei sobre processos judiciais e não me pronuncio sobre este”, justificou Janine Lélis.

A também titular da pasta do Trabalho fez essas considerações à imprensa, em Assomada, Santa Catarina, à margem de uma visita que realizou aos serviços dos Registos, Notariado e Identificação de Santa Catarina e do Tarrafal, no interior de Santiago.

O cidadão de 48 anos, de dupla nacionalidade, colombiana e venezuelana, foi detido na passada sexta-feira, no Sal, pela Polícia Judiciária (PJ), na sequência de um “alerta vermelha” da Interpol, e estava a aguardar processo de extradição na cadeia de Terra Boa.

Entretanto, Alex Saab Morán foi transferido terça-feira, 16, para São Vicente, já que este tipo de casos, que envolve extradição, deverá ser tratado pelo Tribunal de Relações, um tribunal superior.

O cidadão colombiano vem sendo procurado há algum tempo pela Interpol (Polícia Internacional), por crimes de branqueamento de capitais, tráfico de droga, entre outras infracções, cometidos nos Estados Unidos.

De nacionalidade venezuelana e colombiana, foi surpreendido no Aeroporto Internacional Amílcar Cabral (AIAC), pela PJ local, a bordo do avião privado, que escalou a ilha do Sal às 23:00 de sexta-feira, para abastecimento de combustível.

Perante o episódio, a Inforpress apurou junto da polícia científica que o alerta de detenção a pedido dos Estados Unidos, à Interpol, organismo em que Cabo Verde também é membro, obrigou a acção das autoridades policiais cabo-verdianas nessa “caça ao homem”.

Alex Morán, que também foi apresentado às instâncias superiores no Sal, aguarda um pedido formal de validação da detenção e extradição, por parte das autoridades judiciárias americanas, conforme soube a Inforpress junto da PJ.

Entretanto, a mesma fonte explicou que se no espaço de 18 dias isso não acontecer, este indivíduo poderá ser solto, de acordo com convenção de cooperação judiciária entre os Estados membros.

Com a formalização da detenção, seguir-se-á com o processo de extradição, um procedimento, entretanto, “complexo e moroso”.

Com a conclusão do processo de extradição, Alex Saab Morán será liberado para os Estados Unidos, onde deverá ser julgado pelos crimes que cometeu, segundo a lei daquele país, porém com a garantia às autoridades cabo-verdianas competentes de que não lhe será aplicado a pena de morte nem prisão perpétua.

FM/SC//CP

Inforpress/Fim

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