Cidade da Praia, 31 Mar (Inforpress) – O presidente da Associação de Cinema e Audiovisual de Cabo Verde (ACACV), Mário Cabral, anunciou hoje que não se recandidata ao cargo, nas eleições previstas para Abril próximo.
“Não sou candidato e nem integro a nenhuma lista, mas apoio a futura direcção, porque entendemos que tem de haver continuidade do trabalho realizado até o momento”, disse Mário Cabral, cujo mandato, segundo ele, terminou hoje com a entrega de prémios do concurso “Nossos símbolos, educação para a cidadania”.
Para ele, neste momento não se pode andar para trás, pelo que o candidato que ganhar a próxima eleição tem o seu apoio em tudo em que for preciso.
“Tem que haver continuidade para mostrarmos que temos que transformar o cinema em algo rentável para os produtores”, lançou, acrescentando que o objectivo é o de ver as pessoas ligadas ao cinema e ao audiovisual a viver do seu trabalho.
Referindo-se ao momento da entrega dos prémios, que aconteceu esta quarta-feira, na sede da associação, Mário Cabral considerou que se trata de um “dia especial” para a ACACV, porque, afirmou, hoje completaram-se nove anos que a organização que ainda dirige está a trabalhar em prol do cinema e do audiovisual.
Lembrou os tempos em que a organização não tinha uma sede, o que obrigava os promotores a reunirem-se “nos bancos da rua”.
“Foi um percurso sempre em crescente”, admitiu, acrescentando que, hoje, sob a “pressão” da ACACV, o País tem uma lei do cinema, além de, recentemente, ter sido “aprovada a regulamentação”.
“Estamos a viver o melhor momento do cinema em Cabo Verde”, garantiu Mário Cabral.
O ainda presidente da ACACV revelou à imprensa que o concurso “Nossos Símbolos” foi realizado no quadro do 45º aniversário da Independência Nacional, assinalado a 5 de Julho passado.
Por causa da pandemia de covid-19, justificou, só agora os prémios foram entregues.
O primeiro classificado, Jean de Dieu Gomes, autor do filme “Símbolos Nacionais de Cabo Verde”, de São Vicente, foi contemplado com 200 mil escudos, mais um troféu em material acrílico, enquanto o segundo classificado José Correia, da Praia, com o filme “Identidade de um povo”, recebeu 150 mil escudos e um troféu em material acrílico.
O prémio do terceiro classificado, no valor de 100 mil escudos, foi para a dupla Georgina Fernandes e João Paulo Gonçalves, também da capital, que concorreram com o filme “Nôs Bandera Nôs Orgulho” e mais um troféu em material acrílico.
Mário Cabral vê estes prémios como uma “oportunidade para apoiar pequenos produtores” do cinema e audiovisual durante o tempo de pandemia.
Participaram no concurso quatro curtas-metragens, sendo duas da Praia e duas de São Vicente.
O prémio do primeiro lugar vai ser entregue, oportunamente, na cidade do Mindelo, por causa da pandemia, segundo Mário Cabral, que gostaria que participassem mais concorrentes no evento.
“Afinal, o concurso não é só ganhar dinheiro. Ganha-se também o curriculum, lançou Cabral, reconhecendo que cada vez que uma pessoa vence um concurso o seu nome passa a ser mais reconhecido.
Os prémios foram patrocinados pelo Governo de Cabo Verde, através do Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas.
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