Cidade da Praia, 29 Out (Inforpress) – A presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE) propôs hoje ao Presidente da República, presidente em exercício da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, que esta organização seja membro observador da Rede de Órgãos Eleitorais da CPLP.
Maria do Rosário, que também preside a Rede dos Órgãos Eleitorais da CEDEAO e da CPLP, deu essas informações à imprensa, após ser recebida por Jorge Carlos Fonseca, com quem abordou temas ligados às redes dos órgãos eleitorais destas duas organizações, ao plano de acção para 2020/2021 e à administração eleitoral cabo-verdiana.
“A CPLP é uma comunidade de países que tem em comum os objectivos da consolidação da democracia e o reforço dos Estados-membros, pelo que essa rede (…) é um espaço privilegiado para se discutir e implementar medidas relativamente a questões eleitorais e políticas de cada um dos Estados membros”, disse.
Ainda no que se relaciona a Rede de Órgãos Eleitorais da CPLP, Maria do Rosário adiantou que esta pode ser útil para os propósitos e objectivos da comunidade, visto tratar-se de uma organização que propõe o reforço e a cooperação em matéria política e eleitoral.
Face ao cargo que desempenha a nível da Rede de Órgãos Eleitorais da CPLP, Maria do Rosário manifestou-se “preocupada” com a situação da Guiné-Bissau uma vez que, segundo disse, o país está nas vésperas de uma “eleição importante”.
“A destituição de um Governo é sempre preocupante e o que nos deixa mais seguro quanto a realização das eleições, é que a Guiné-Bissau tem uma administração eleitoral independente que poderá conduzir e realizar eleições, independentemente das medidas tomadas pelo Presidente da República”, assegurou.
Quanto ao plano de eleições 2020/2021, a presidente da CNE acrescentou que a sua elaboração está bastante avançada, afirmando por outro lado, que tal deve-se a adopção de um sistema de plano de eleição anual.
Informou ainda que de momento está-se a elaborar um plano concreto para as eleições 2020/2021 e que o recenseamento, que é feito de forma continua, está a decorrer normalmente.
“No nosso país as instituições democráticas funcionam normalmente e só isso nos dá a garantia de que termos eleições em 2020 num quadro legal e constitucional dentro da normalidade a que já estamos habituados”, ajuntou.
Maria do Rosário lembrou ainda que o orçamento eleitoral foi aprovado e enviado ao Ministério das Finanças, o que a leva a afirmar que as eleições estão garantidas em Cabo Verde.
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