Maio: Fundação Maio Biodiversidade traça meta de proteger 50 mil ninhos de tartarugas marinhas antes do término da campanha

Porto inglês, 19 Out (Inforpress) – A Fundação Maio Biodiversidade (FMB) anunciou o registo de cerca de 45 mil ninhos de tartarugas marinhas, quando se está praticamente a poucos dias do término da campanha de proteção, mas a meta é atingir a cifra dos 50 mil ninhos.

Esta intenção foi revelada à Inforpress, pelo coordenador da patrulha da FMB, Jairson Cabral, que assegurou ser uma meta possível, tendo em conta o ritmo da actividade que ainda se regista até este momento, embora tenha admitido que, devido a constrangimentos de ordem financeiro, praticamente estão a realizar somente actividades de sondagem diurnas nas praias para contabilizar o número de saídas ocorridas durante a noite.

Este ano, adiantou a ONG registou um número record de ninhos, nunca antes contabilizados, salientando que devido à intensidade das actividades a equipa destacada no terreno mostrou-se quase insuficiente para dar resposta a todas a actividades, razão pela qual, destacou, tenha havido um aumento da apanha.

“Até o momento, já registamos cerca de 200 apanhas das tartarugas marinhas, o que consideramos ser um número espantoso para nós, mas devido a falta de apoio por parte do Governo para a questão da protecção das tartarugas marinhas, sentimos dificuldades na concretização do nosso trabalho. Porém, não estamos a garantir que isso foi a razão de toda esta apanha, pois, conseguimos garantir três meses de campanha de protecção”, frisou.

Jairson da Veiga apontou como um dos aspectos positivos da campanha de protecção deste ano a retoma da colaboração dos voluntários internacionais, com destaque para Portugal, que enviou um grupo de seis pessoas, constituído por universitários e investigadores, para além de quatro jovens estudantes universitários da ilha, que também deram os seus contributos nesta temporada.

Neste particular, admitiu que a falta de financiamento para estimular a participação dos grupos organizados foi uma das razões, ressalvando, porém que ainda continua a persistir a cultura do consumo de carne de tartarugas no seio da comunidade maiense, o que considera ser um dos grandes desafios da FMB.

Jairson da Veiga fez saber ainda que neste período de praticamente um mês, em que não houve patrulhamento das praias, registaram um aumento considerável de apanha, o que demonstra, sublinhou, que é preciso mais trabalho de sensibilização.

Jairson da Veiga concluiu, lembrando que este ano também continuaram com a questão de estudo do movimento das tartarugas, durante a qual introduziram cerca de 30 GPS para monitorar o movimento das tartarugas, estudo que, conforme afiançou, vai ser “brevemente” divulgado tanto no seio da comunidade científica como no país todo.

WN/JMV

Inforpress/Fim

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