Cidade da Praia, 18 Abr (Inforpress) – O Ministério da Agricultura e Ambiente (MAA) vai ter a partir de hoje um instrumento necessário que o ajuda a planear os investimentos a nível da agricultura até 2021, anunciou hoje Gilberto Silva.
Segundo o ministro da Agricultura e Ambiente, trata-se do Programa Nacional de Investimento Agrícola, Segurança Alimentar e Nutricional (PNIASAN) de 2ª geração – que Cabo Verde, que vai ser hoje validado tecnicamente, no ateliê nacional que decorre durante todo o dia na Cidade da Praia.
O atelier de validação técnica do PNIASAN tem o propósito de apresentar, para além de validar o mesmo, informar e sensibilizar os parceiros, nomeadamente as instituições públicas e privadas, assim como a sociedade civil, organização de produtores e parceiros técnicos e financeiros, a se engajarem na implementação, seguimento e financiamento do instrumento.
“É um documento que se refere ao plano nacional para os investimentos a nível da agricultura, é um instrumento importante de planeamento que, de certa forma, alinha o nosso país aos demais países da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental – CEDEAO”, frisou o ministro em declarações à imprensa, após presidir ao acto de abertura do evento.
Segundo ele, trata-se de um instrumento de planeamento que está alinhado com o Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável (PEDS) que define as prioridades do país e, sobretudo, as abordagens integradas para a sua implementação, sublinhando que a agricultura é um sector de economia onde os privados desempenham um papel “importante”.
Entretanto, reconheceu que cabe ao sector público planear todas as intervenções, já que é uma área que onde é necessário definir e implementar medidas “estruturantes” relacionadas com investigação ao desenvolvimento, com a questão da logística agrícola, com as tecnologias de informação, com a mobilização e uso sustentável da água, com a extensão rural e com o sistema de fenecimento.
“Tudo isso num termo harmonioso que, também, tem presente a necessidade da adaptação da agricultura às mudanças climáticas”, afirmou, sustentado que Cabo Verde é um país insular sujeito às mudanças climáticas e eventos extremos como a seca e inundações, por isso, entende que a agricultura nacional deve estar “bastante resiliente” a esses fenómenos, apostando em todos os pilares necessários para tal.
No acto de abertura do ateliê, esteve presente o representante da Cooperação Espanhola, Jaime Puyols, que, conforme o ministro, tem sido uma parceira importante de toda a região no que tange ao próprio sistema de planeamento da agricultara, mas também no financiamento de projectos estruturantes para a realização desses planos.
Em declarações à imprensa, Jaime Puyols considerou que os planos são necessários já que sem uma boa planificação ao nível dos investimentos, não será possível ter o apoio dos parceiros, por isso, é preciso ter planos bem elaborados, motivo pelo qual a Cooperação Espanhola ajudou neste sentido.
“Cabo Verde atingiu ao patamar de desenvolvimento médio, por isso tem que aceder às novas fontes de recursos, procurar que o sector privado possa aceder aos mecanismos financeiros existentes e a Espanha está disponível para ajudar Cabo Verde a aceder este tipo de financiamento, que será possível se o país quer ter uma agricultura com muito mais produção e mais orientada à criação de emprego e riqueza”, salientou o espanhol.
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